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Bruna Drews

Repórter que acusa Datena de assédio diz ter sido induzida a retirar denúncia: 'Não menti'

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM/BAND

Montagem da jornalista Bruna Drews e do apresentador José Luiz Datena

A repórter Bruna Drews acusou o apresentador José Luiz Datena de assédio sexual em janeiro

REDAÇÃO

Publicado em 28/10/2019 - 12h20
Atualizado em 28/10/2019 - 12h30

A repórter Bruna Drews explicou nesta segunda-feira (28) por que retirou a denúncia de assédio sexual contra José Luiz Datena, feita no início deste ano. Em carta aberta publicada em seu Instagram, a jornalista reafirmou a acusação contra Datena e disse que foi "induzida e mal orientada a assinar um documento que não condiz com a realidade". "Eu não menti", escreveu ela.

"A verdade é que meu processo de assédio sexual contra o apresentador inexplicavelmente foi arquivado. Não houve investigação policial, meu depoimento não foi colhido e nenhuma testemunha foi ouvida. A Justiça não me permitiu brigar pelos meus direitos", publicou a repórter. 

Pouco mais de nove meses depois de ter denunciado o apresentador do Brasil Urgente por assédio sexual, uma retratação da jornalista foi registrada em um cartório de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, em 18 de outubro. No documento, Bruna inocentou Datena de qualquer acusação.

O processo da jornalista contra o apresentador foi registrado em janeiro, conforme o Notícias da TV antecipou na ocasião. Em representação protocolada no Ministério Público de São Paulo, a repórter afirmava que o títular do Brasil Urgente teria lhe dito que ela não precisava emagrecer porque já "era muito gostosa", que diversas vezes teria se masturbado pensando nela e que achava "um desperdício" a profissional "namorar uma mulher".

A "cantada" teria acontecido em 7 de junho do ano passado, durante comemoração do fim das gravações do quadro A Fuga, do extinto Agora É com Datena, em um bar na região central de São Paulo. Bruna diz que só o processou meses depois porque, após o suposto assédio, teve uma grave crise de depressão e pânico.

"A situação se inverteu e acabei processada por calúnia e difamação, mas não tinha condições psicológicas e financeiras para encarar mais esta briga. Fui induzida a fazer um acordo", revelou a repórter na publicação de hoje.  

"Os fatos aconteceram como eu havia declarado inicialmente mas a outra parte envolvida conseguiu reverter inexplicavelmente a situação. Assinei tal carta na intenção de recuperar a minha saúde física e mental e enterrar o ocorrido", explicou Bruna.

Na postagem em sua rede social, a repórter também contou que decidiu manter a denúncia após uma reunião com a família. "Decidimos não fugir da luta e acreditar que em algum momento a justiça será feita. Mais uma vez digo: eu não menti", reafirmou a jornalista.

"Quero deixar claro que não recebi nenhuma compensação financeira para cometer o ato errôneo de assinar a tal carta. Sigo com a minha moral e integridade intactas. Minha consciência está tranquila. Tudo o que eu mais quero é me livrar de uma situação que estava acabando com a minha saúde", concluiu Bruna.

Confira a publicação da jornalista:

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Carta aberta a quem interessar : Eu não menti. Fui induzida e mal orientada a assinar um documento que não condiz com a realidade . A verdade é que meu processo de assédio sexual contra o apresentador inexplicavelmente foi arquivado. Não houve investigação policial, meu depoimento não foi colhido e nenhuma testemunha foi ouvida. A justiça não me permitiu brigar pelos meus direitos . A situação se inverteu e acabei processada por calúnia e difamação, mas não tinha condições psicológicas e financeiras para encarar mais esta briga.Fui induzida a fazer um acordo. No entanto, não estava totalmente consciente das consequências cíveis e criminais de declarar fatos que não aconteceram; somente o fiz porque pensei que assim se encerrariam todos os processos. Os fatos aconteceram como eu havia declarado inicialmente mas a outra parte envolvida conseguiu reverter inexplicavelmente a situação. Assinei tal carta na intenção de recuperar a minha saúde física e mental e enterrar o ocorrido. Ontem em uma reunião com meus familiares, que sofrem junto comigo todos os reflexos do ocorrido, decidimos não fugir da luta e acreditar que em algum momento a justiça será feita . Mais uma vez digo: EU NÃO MENTI . Mulheres que passaram por isso sabem como é difícil encarar essa briga e vence-la. Por último , quero deixar claro que não recebi nenhuma compensação financeira para cometer o ato errôneo de assinar a tal carta. Sigo com a minha moral e integridade intactas . Minha consciência está tranquila. Tudo o que eu mais quero é me livrar de uma situação que estava acabando com a minha saúde .

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