EM BRASÍLIA
REPRODUÇÃO/RECORDTV
Paulo Vitor Gomes, o Tatuzinho, foi preso após tentar fugir de blitz da Lei Seca em Brasília
GABRIEL SOUZA
Publicado em 24/9/2018 - 17h44
Paulo Vitor Gomes, mais conhecido como Tatuzinho, foi preso na madrugada de domingo (23) após um acidente de trânsito em Brasília. O repórter e apresentador da Record atropelou três pessoas, entre elas um agente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Segundo a polícia, ele estava bêbado. As vítimas sofreram escoriações leves e já receberam alta. Gomes foi suspenso pela Record.
O jornalista perdeu o controle de seu automóvel ao tentar fugir de uma blitz da Lei Seca. Como haviam faixas de pregos espalhadas pelo asfalto, teve os pneus furados e capotou. Atingiu três pessoas e cinco carros.
Gomes se recusou a realizar o teste do bafômetro e foi levado para o Instituto Médico Legal, onde se submeteu a um teste de alcoolemia, que constatou sua embriaguez. De lá, foi transferido para a carceragem da Polícia Civil do Distrito Federal e ficou preso até a manhã desta segunda (24), quando pagou a fiança de R$ 3 mil.
Paulo Vitor Gomes é um dos nomes mais conhecidos da Record de Brasília. Há dois anos na emissora, ele é repórter do Balanço Geral local e faz reportagens para a edição nacional do Cidade Alerta. Não raramente mostra casos semelhantes ao que protagonizou. Também é um dos apresentadores do Record nas Cidades, exibido aos sábados.
O agente do DER atropelado pelo jornalista foi levado ao Instituto Hospital de Base, na região central de Brasília. Segundo a assessoria de imprensa do IHB, ele recebeu alta ainda no domingo, assim como as outras duas vítimas, que tiveram apenas escoriações nos membros inferiores.
Segundo a Polícia Civil, Gomes foi autuado por "embriaguez ao volante em concurso com lesão culposa". O advogado Mauro do Nascimento, responsável pela defesa do jornalista, disse ao Notícias da TV que seu cliente "ficou nervoso com a blitz e acabou perdendo o controle do veículo".
Na audiência de custódia realizada na manhã desta segunda, o jornalista assinou um termo em que se compromete a não deixar o Distrito Federal enquanto o processo aberto contra ele estiver em andamento. Por possuir residência fixa e ser uma figura pública, a juíza Lorena Alves Ocampos aceitou o pedido de liberdade provisória mediante pagamento de fiança.
A reportagem apurou que Paulo Vitor Gomes foi suspenso da Record por um mês, período onde a emissora avaliará se foi afetada pelo acidente provocado por seu contratado. Procurada, a Record Brasília enviou o seguinte comunicado:
"Este é um problema preocupante em todo o país. Em um ano, segundo dados do Detran, só aqui no Distrito Federal, aconteceram quase 25 mil infrações com motoristas que dirigiam sob efeito de algum tipo de droga. E a bebida alcoólica é sempre o pior inimigo. O Detran informa também que de janeiro a agosto deste ano, quase 15 mil motoristas foram flagrados dirigindo sob efeito do álcool."
"A RecordTV é ativa em campanhas de conscientização no trânsito. Cabe a uma emissora, sobretudo com jornalismo ágil e responsável, denunciar, flagrar e exigir punições de motoristas que conduzem veículos de maneira irresponsável."
"Cobramos diariamente um maior rigor nas fiscalizações e punições. Somos, e continuaremos a ser, parceiros das instituições de trânsito. Nosso objetivo é educar a população e, no mínimo, diminuir tragédias nas ruas e avenidas do Distrito Federal."
"Fomos surpreendidos e ficamos perplexos com este grave acidente envolvendo o repórter Paulo Vitor, conhecido como Tatuzinho. Poderia ter sido uma tragédia muito maior. Acreditamos na Justiça e esperamos que nosso repórter responda pelos seus atos em um processo isento e duro. E, com isso, repense a maneira de como usa um automóvel."
"A RecordTV continuará ao lado das autoridades e cobrará de todos os motoristas do Distrito Federal, independentemente do cargo e da profissão que ocupem, uma condução responsável e pacífica. Só assim teremos uma cidade melhor. Esta é a opinião da RecordTV Brasília."
O Notícias da TV tentou entrar em contato com Paulo Vitor Gomes, mas ele não retornou até a publicação do texto. A amigos, ele disse que sabe que "agiu errado", mas que elas sabem que ele é uma pessoa de bem.
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