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HISTÓRICO

Rebeca encabeça primeiro pódio olímpico da ginástica só com mulheres pretas

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Simone Biles, Rebeca Andrade e Jordan Chiles no primeiro pódio negro da ginástica na Olimpíada

Simone Biles, Rebeca Andrade e Jordan Chiles no primeiro pódio negro da ginástica na Olimpíada

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 5/8/2024 - 11h56

Rebeca Andrade fez parte de um momento histórico das Olimpíadas. Pela primeira vez, um pódio na ginástica artística dos Jogos Olímpicos foi formado totalmente por mulheres pretas. A brasileira conquistou o ouro, enquanto as norte-americanas Simone Biles e Jordan Chiles ficaram com as medalhas de prata e bronze, respectivamente.

A guarulhense também fez parte do primeiro pódio 100% preto da ginástica feminina em 2023, durante o Mundial de Ginástica Artística. Na ocasião, ela disputou o individual geral e ganhou a medalha de prata. Simone venceu o ouro, e a norte-americana Shilese Jones ficou com o bronze. 

Em Jogos Olímpicos, a final do solo marcou a primeira vez em que três mulheres pretas sobem ao pódio --e a brasileira conseguiu o ouro em um momento que ficará marcado para a história. 

"É importante a gente lembrar e observar a importância da pessoa preta na história do esporte brasileiro mundial. Ano passado, a gente teve o primeiro pódio completamente formado por meninas negras. Hoje, as bandeiras se inverteram. As três mulheres melhores no solo são mulheres pretas", declarou a comentarista e ex-ginasta Daiane dos Santos durante transmissão da Globo.

Atualmente, as duas únicas medalhas de ouro do Brasil em Paris-2024 foram conquistadas por mulheres pretas. "A gente teve a nossa Rebeca com medalha dourada, a nossa Bia [Souza, judoca] com medalha de ouro, em um momento em que a gente vive tantos ataques, preconceito racial... O [jogador de futebol] Vini Jr. à frente para pedir para as pessoas pararem de observar a cor da pele e observarem o talento", relembrou ela.

"A Rebeca falou sobre representar a todos. Sim, ela representa a todos. Mas a representatividade de 56% de uma nação que é excluída, subjugada, que muitas vezes, quando ganha, é pertencente, e quando não ganha?", ponderou a comentarista.

"A gente viu isso com Simone Biles sofrendo vários ataques. A maior atleta da história da ginástica, para mim. Sofrendo múltiplos ataques por conta do cabelo, da cor... E, hoje, a gente tem esse brinde, com três mulheres pretas na ginástica artística, encerrando a competição. Para a gente, brasileiro, nossas duas medalhas de ouro, de mulheres pretas", celebrou ela. 

"Não tem como a gente não se emocionar. Já chorei, já vibrei, agora estou com aquela sensação de 'Deus, obrigada. Obrigada pelo reconhecimento'. Tomara que as pessoas também reconheçam o valor dessas mulheres pretas, dessas mulheres. Porque as mulheres também estão dando show, né? Está sendo muito lindo. A gente é campeã, estamos dourados hoje!", finalizou Daiane.


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