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OPERAÇÃO ESCUDO

Policiais processam Globo e Band por uso do termo 'chacina' em reportagens

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Policiais seguram armas durante ação na Operação Escudo, na baixada santista, em São Paulo

Policiais seguram armas durante ação na Operação Escudo, na baixada santista, em São Paulo

IVES FERRO e LI LACERDA

ives@noticiasdatv.com

Publicado em 6/9/2023 - 13h04
Atualizado em 6/9/2023 - 14h18

A Fenepe (Federação Nacional de Entidades de Praças Militares Estaduais) processou Globo, BandTV Cultura, entre outros veículos de comunicação, por usarem a palavra "chacina" para se referir às operações Impacto e Escudo --a última foi iniciada no fim de julho, no litoral de São Paulo, após o assassinato de um soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias) por criminosos durante uma ação policial no Guarujá.

O Notícias da TV teve acesso à documentação apresentada ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. O juiz Fabio de Souza Pimenta negou uma tutela de urgência, alegando "direito de livre manifestação de pensamento". A organização também quer proibir a imprensa de usar as palavras "tortura" e "extermínio" quando o assunto for a operação.

A liminar pedia R$ 10 mil de indenização para os grupos Globo, Bandeirantes e Cultura de Comunicação (que engloba TV aberta, canais a cabo, rádios e jornais impressos), e também para o portal de notícias online UOL, para cada dia que a ordem fosse descumprida.

Os policiais militares alegam que as notícias estariam "afetando a família de diversos profissionais da área, deteriorando a opinião pública sobre o órgão, e criminalizando as ações dos policiais", além de terem sido ofendidos pela abordagem de seu trabalho como uma "chacina". Os PMs defendem que seu compromisso com a sociedade é de combater o crime através da operação.

A Operação Escudo começou em 28 de julho, após a morte do soldado da Rota Patrick Bastos Reis. Em quatro dias de operação, já haviam 12 pessoas mortas e dois policiais militares atacados. O Conselho Nacional de Direitos Humanos pediu em setembro que a operação fosse interrompida, sob a acusação de supostos relatos de abusos de autoridade e execuções. Como resultado, a Defensoria Pública exigiu o uso de câmeras corporais em todos os policiais da operação.

Foi retomada nesta quarta (6) a Operação Impacto, contra o crime organizado na baixada santista. Essa força-tarefa da polícia recomeçou após o Governo do Estado encerrar na terça (5) a Operação Escudo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ao todo 28 pessoas morreram, 976 foram presas, e 966,5 kg de drogas foram apreendidos durante a ação policial.


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