TRAGÉDIA
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Carro da Polícia Científica sai de condomínio; imagens foram exibidas nesta manhã, na Globo
O gabinete de crise que reúne agentes públicos e privados passou a madrugada trabalhando nos escombros do avião que caiu na tarde desta sexta (9) em Vinhedo, interior de São Paulo, e deixou 62 mortos. Os peritos criminais da Polícia Federal, especialistas nesse tipo de acidente, tiveram o auxílio de um scanner 3D para localizar os corpos. A Polícia Científica começou a operação para retirá-los dos escombros às 6h deste sábado (10).
Até o momento, 21 corpos foram resgatados do avião. Dois deles já foram identificados, e 12 foram transportados até a central do Instituto Médico Legal (IML), na capital de São Paulo, com o uso de caminhões específicos. Lá, deve-se finalizar o trabalho de identificação.
Os familiares das vítimas devem ser transportados para São Paulo a fim de facilitar o reconhecimento dos corpos. Peritos já solicitaram documentos que podem auxiliar no processo de identificação --como registros odontológicos e fotos recentes, que mostre as características físicas das vítimas--, bem como coletaram a saliva de parentes de primeiro grau (pais, filhos e irmãos).
As informações foram divulgadas pela Polícia Federal à EPTV, afiliada da Globo em Campinas. O gabinete de crise montado no local do acidente é formado pelas polícias Federal, Militar, Civil, Científica, além de Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e representantes da companhia aérea Voepass. Um posto de comando avançado foi montada em uma casa dentro do condomínio.
Porta-voz do Corpo de Bombeiros, Maycon Cristo detalhou como foi feito o trabalho ao G1. Primeiro, foi realizada uma perícia na parte externa da aeronave. Depois, um trabalho "mais meticuloso" de recorte do avião foi iniciado. Os peritos retiraram a fuselagem --camada de proteção exterior da estrutura de uma aeronave-- para terem acesso ao interior da aeronave.
O avião saiu de Cascavel, no Paraná, com destino ao aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Não houve sobreviventes. Foi o maior desastre aéreo do país em número de vítimas desde 2007, quando um Airbus A320 da TAM (hoje Latam) não conseguiu frear, saiu da pista e atingiu um prédio da própria companhia no aeroporto de Congonhas, também em São Paulo, deixando 199 mortos.
Ainda não se sabe o que causou o acidente, mas a queda em espiral sugere a ocorrência de um estol --que acontece quando a aeronave perde a sustentação que lhe permite voar--, segundo especialistas.
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