Na cobertura de eleições
Divulgação/Band
Aécio Neves, candidato à Presidência do PSDB, e Guga Noblat, do CQC, em evento no ano passado
DANIEL CASTRO
Publicado em 18/9/2014 - 18h01
Atualizado em 19/9/2014 - 5h26
O clima esquentou nos bastidores da Band na última quarta (17). Um segurança do Pânico e um cinegrafista do CQC se estranharam durante gravação de material com o presidenciável Aécio Neves, no diretório estadual do PSDB em São Paulo. Eles trocaram empurrões e ofensas verbais e o assunto foi parar na sala do diretor-geral de Conteúdo da Band, Diego Guebel.
A produção do CQC acusou o segurança de sabotar o trabalho do cinegrafista, se colocando na frente de Aécio Neves, atrapalhando a captação de imagens. É comum seguranças de políticos fazerem isso com cinegrafistas indesejados, mas não um segurança de uma equipe de TV da mesma emissora. Ao ser obstruído enquanto tentava acompanhar o repórter Guga Noblat, o cinegrafista empurrou rispidamente o o segurança.
O clima ficou ainda mais pesado após a entrevista, quando o cameraman descobriu que o vigia dava proteção a Wellington Muniz, o Ceará, e Rodrigo Scarpa, o Repórter Vesgo, que, assim como Noblat, não se envolveram na confusão.
Desde a contratação do Pânico pela Band, no início de 2012, temia-se choques entre profissionais dos dois humorísticos, que competem por material semelhante. Uma discussão acalorada como a de anteontem nunca tinha ocorrido.
O atrito ocorreu justamente na semana em que Pânico e CQC registraram as piores audiências de suas histórias na Band. Na última segunda, o CQC marcou apenas 2,4 pontos. Na véspera, o Pânico fechou com 3,7, número só superior aos primeiros meses de RedeTV!, há 11 anos.
Procurada, a Band negou que o assunto tenha chegado à direção da emissora.
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