DELIS ORTIZ
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Luciano Huck à frente do Domingão; apresentador se solidarizou com jornalista Delis Ortiz
Luciano Huck pediu a palavra neste domingo (4) para prestar o seu apoio à repórter Delis Ortiz, que foi agredida com um soco no peito durante coletiva no Ministério das Relações Exteriores, em Brasília. O apresentador do Domingão afirmou que a veterana foi "covardemente agredida" e também se posicionou a favor da imprensa.
"Quero mandar um recado em especial para Delis Ortiz, que nesta semana foi covardemente agredida. Meu apoio para você e para todos os jornalistas brasileiros", disse o marido de Angélica.
O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) disse já ter identificado o segurança que foi apontado como suposto agressor de Delis. Ele é de uma organização militar do Exército Brasileiro e estava trabalhando em serviço coordenado com o próprio GSI. A informação é do colunista Lauro Jardim, de O Globo.
A jornalista foi atingida durante uma confusão na coletiva do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, cujos seguranças também se envolveram no empurra-empurra. O episódio chegou a ser repudiado pela Globo com nota no Jornal Nacional.
"A Globo repudia o ato de violência contra os jornalistas, se solidariza e aguarda providências contra os responsáveis", disse a âncora Renata Vasconcellos, na ocasião.
Delis Ortiz deu detalhes sobre a agressão que sofreu durante a coletiva de Nicolás Maduro em Brasília. Em depoimento ao Estúdio i, da GloboNews, a repórter revelou que levou um soco no peito e uma braçada no pescoço dos seguranças do chefe de Estado e de agentes do GSI (Gabinete de Segurança Institucional). "Foi assustador", detalhou.
"Foi assustador porque você não espera isso de quem te conhece do dia a dia. Levei uma braçada no pescoço de um segurança do Maduro. Um menino de uns 19 ou 19 anos ainda me deu um soco, um dos que são recrutados pelo GSI", explicou ela, que é um dos principais nomes da Globo em Brasília.
Segundo Ortiz, os profissionais eram absolutamente despreparados para o evento que reuniu os presidentes dos países da América do Sul no Itamaraty:
Eles entraram em pânico e foram no ritmo dos seguranças do Maduro. Porém, eles [os agentes do GSI] me conhecem, sabem que estou ali pelo meu trabalho. Havia uma grávida de seis meses no empurra-empurra.
Delis ainda explicou que todas as câmeras estavam voltadas para o presidente venezuelano. "Não existem imagens porque todos os cinegrafistas estavam captando a entrevista do Maduro", acrescentou.
A jornalista também ressaltou que havia precariedade no espaço dedicado à coletiva, sem qualquer tipo de estrutura para facilitar o diálogo com a imprensa. "Foi constrangedor. Na verdade, uma sucessão de equívocos. Uma sucessão de erros", finalizou ela.
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