GUSTAVO VILLANI
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Duda e Ana Patrícia levaram ouro no vôlei de praia no início da noite desta sexta (9)
O locutor Gustavo Villani, responsável por narrar a final do vôlei de praia nesta sexta-feira (9), admitiu que o ouro vencido pela dupla Duda e Ana Patrícia chega acompanhado de uma sensação estranha horas depois da queda de um avião com 57 passageiros e quatro tripulantes em Vinhedo, no interior de SP.
Logo no início da partida entre as brasileiras e as canadenses Melissa Humana-Paredes e Brandie Wilkerson, Villani já tinha dito que o clima era "estranho". A transmissão, afinal, passava longe do clima de festa da Olimpíada de Paris-2024 nos outros dias.
Alex Escobar, responsável pelo programa Volta Olímpica, trocou as piadas e os trocadilhos infames de costume por uma postura mais séria. Ele também precisou chamar com frequência a jornalista Renata Vasconcellos para atualizar o espectador da emissora sobre a tragédia.
Quando Duda e Ana Patrícia confirmaram sua vitória --e o terceiro ouro do Brasil em Paris--, Villani comemorou com os comentaristas da Globo. Mas, rapidamente, assumiu um tom menos empolgado.
"É um dia de sentimentos muito divididos pro povo brasileiro. Um acidente aéreo que impactou a todos nós, estamos ainda todos muito consternados. E as meninas, Duda e Ana Patrícia, trazem um alívio, um sentimento de orgulho, e preenchem os nossos corações. Grande dia para elas e para todo o nosso povo", discursou o narrador.
Depois, quando a treta entre a dupla brasileira e as canadenses foi comparada com a rivalidade entre Brasil e Cuba no vôlei de quadra, Villani sorriu brevemente. "Estamos rindo até de piada ruim neste momento aqui, apesar de todo o sofrimento do nosso povo. O nosso respeito às vítimas fatais do acidente que vitimou os brasileiros no início da tarde."
A aeronave, com 57 passageiros e quatro tripulantes a bordo, caiu em Vinhedo e atingiu uma área residencial no bairro de Capela. Ela fazia o trajeto entre Cascavel, no Paraná, e o aeroporto de Guarulhos.
Dados preliminares de radares apontam que a aeronave atingiu uma razão de descida de 13 mil pés por minuto (aproximadamente 4.000 metros) após fazer uma curva brusca.
O trecho entre Cascavel e Guarulhos era a terceira rota do dia da aeronave, que faz parte da frota da companhia aérea Voepass, antiga Passaredo. No início do dia, ela havia deixado Ribeirão Preto, também no interior de São Paulo, rumo a Guarulhos --partindo para a cidade paranaense, de onde retornava.
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