Na posse de Lula, Bonner quebra o protocolo e imita Galvão Bueno: 'Acabou'

William Bonner quebrou o protocolo ao imitar Galvão Bueno para falar de uma "esquisitice" na posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo (1º). O apresentador explicou que, a partir de 2027, a cerimônia oficial não acontecerá mais no dia 1º de janeiro --deslocando-se para o dia 5. "Se Galvão Bueno estivesse aqui, ele diria: 'acabou'", brincou.

Renata Lo Prete explicou que o rito que dá início ao terceiro mandato do petista registrou o recorde de delegações internacionais presentes. "A gente pode medir a relevância disso se você considerar a esquisitice planetária que é a posse presidencial no Dia Universal da Paz", acrescentou o jornalista.

"No dia 1º de janeiro, as pessoas estão com suas famílias, têm outros afazeres. O recorde que a Lo Prete mencionou é a medida do prestígio que Lula tem ao voltar ao Palácio do Planalto", emendou.

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Bonner então ressaltou que uma emenda à Constituição foi aprovada para facilitar a presença de autoridades nas próximas posses:

Essa esquisitice, diga-se de passagem, está para acabar. Galvão Bueno, se estivesse aqui, diria: 'acabou'. Não tem mais. Agora está decidido que o próximo presidente a ser empossado numa cerimônia como essa fará no dia 5 de janeiro. Isso obviamente facilitará a vida de representantes internacionais.

Renata frisou que a posse presidencial já havia acontecido em outras datas na nova república, já que Fernando Collor de Mello assumiu a chefia do Executivo em 15 de março de 1990.

"Desde a posse do Fernando Henrique Cardoso que foi para o 1º de janeiro. Uma emenda aprovada em 2021 atende a várias preocupações, e uma é essa que você falou. É difícil atrair delegações estrangeiras", detalhou ela, que foi além:

Você também cria problema nos Estados. Agora vai descolar a posse do presidente da dos governadores, que será no dia seguinte. Hoje foi um dia de intensa movimentação aérea aqui em Brasília, porque muitas autoridades participaram de manhã de cerimônias em seus estados. A ideia é descolar para facilitar a vida.