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ÂNCORA DA GLOBONEWS

Marcelo Cosme fala em 'crime' após ser alvo de piada homofóbica e cutuca Pânico

REPRODUÇÃO/GLOBONEWS

Marcelo Cosme no Em Pauta, da GloboNews

Marcelo Cosme no Em Pauta, da GloboNews; jornalista foi alvo de piada homofóbica do Pânico

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 25/7/2024 - 19h37
Atualizado em 25/7/2024 - 19h46

O jornalista Marcelo Cosme se pronunciou pela primeira vez na noite desta quinta (25) após ter sido alvo de uma piada homofóbica no Pânico. O apresentador da GloboNews se mostrou surpreso e que lembrou que a LGBTQfobia é passível de punição no Brasil. "O crime precisa ser visto como crime", escreveu.

O âncora publicou um texto sobre o assunto em seu perfil oficial no Instagram. "A gente nunca espera ser alvo de discriminação, mesmo que ela esteja ali, sempre como um fantasma para quem é da comunidade LGBTQIA+. A gente também não se acostuma com o preconceito, ainda que ele faça parte do cotidiano", começou.

"E a gente não pode se conformar e nem normalizar seja qual for a forma que ele se apresente, seja a LGBTFOBIA, o racismo, o machismo ou qualquer outro tipo. E muito menos entender a discriminação como uma simples piada", seguiu.

Cosme ainda cutucou aqueles que minimizaram as críticas a Emílio Surita por "ser de uma outra época", em que supostamente não havia problema em ser "politicamente incorreto":

A diversão de uns pode representar e incentivar o soco na rua, a lâmpada na cabeça e outros ataques. A gente precisa evoluir e não retroceder. O crime precisa ser visto como crime. Respeitar cada um e suas diferenças nos une. Não é uma pauta apenas brasileira, é uma necessidade mundial. Eu tenho uma família que me ama, amigos que me respeitam, colegas de trabalho que me apoiam e até desconhecidos que me abraçam.

"E quem não tem? Quem é calado, abusado, sufocado, morto? É por mim e por estes que sempre vou me posicionar contra qualquer tipo de preconceito, faz parte do meu papel de cidadão e de jornalista", emendou.

Aquela máxima “Os cães ladram e a caravana passa” me guia. Seguimos! Atentos, vigilantes e com uma boa dose de amor e felicidade! O amor e o respeito são o caminho!

Homofobia é crime?

O STF (Supremo Tribunal Federal) determinou em agosto do ano passado que homofobia e transfobia sejam enquadrados como crime de injúria racial. Ou seja, o responsável pelos atos discriminatórios não tem direito a fiança e nem limite de tempo para responder judicialmente. De acordo com a lei 14.532/2023 do Código Penal, os responsáveis podem ser punidos com reclusão de dois a cinco anos, além de multa.

O que aconteceu?

No programa humorístico, Emílio caminhou pelo estúdio e fez gestos para imitar Cosme. "Bem GloboNews. Como chama aquele cara que faz o programa à noite? Marcelo… Estamos aqui com um programa maravilhoso. Ele é muito solto", disparou Surita, exagerando nos trejeitos.

Após a repercussão do vídeo, Déa Lúcia, mãe de Paulo Gustavo (1978-2021), se revoltou com a situação e compartilhou um recado contra Surita por meio de seu Instagram: "Estou muito indignada ao ver meu querido amigo, Marcelo Cosme, sendo alvo de ataques homofóbicos na televisão". 

"A homofobia é inaceitável e não tem lugar na nossa sociedade. Quero deixar claro que estamos ao lado do meu amigo neste momento difícil. Todos nós merecemos respeito", continuou ela. 

Jovem Pan pede desculpa

Em nota enviada na quarta-feira (24), a Jovem Pan pediu perdão pelo comportamento de Surita na atração:

"A Jovem Pan pede sinceras desculpas pelo ocorrido na edição de terça-feira, 23 de julho, do Pânico. O programa fez uma brincadeira muito infeliz citando o nome de Marcelo Cosme. Todavia, a atração não teve nenhuma intenção de discriminar o profissional em questão."

"De toda forma, nos comprometemos a não repetir mais o tratamento descortês ocorrido ontem. A Jovem Pan lamenta o ocorrido e deixa registrado sua admiração pelo trabalho de Marcelo Cosme."


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