AÇÃO CONTRA CORTES
REPRODUÇÃO/TV GLOBO e INSTAGRAM
Fábio William, Giuliana Morrone, Leila Sterenberg e Marcelo Canellas foram demitidos da Globo
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) informou, nesta sexta (7), que a Globo demitiu mais de 50 profissionais em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Belo Horizonte nesta semana. Por conta das dispensas, a federação começou a organizar um protesto em parceria com sindicatos de jornalistas e radialistas para terça (11).
O objetivo é colocar carros de som em frente às sedes do Jornalismo da Globo nas capitais que tiveram profissionais demitidos. Na quinta-feira (6), os sindicalistas já tinham afirmado, em nota, que estavam cobrando a emissora por uma reunião de emergência sobre as dispensas.
Em entrevista à colunista Fábia Oliveira, do Metrópoles, o presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e secretário adjunto de Mobilização da Fenaj explicou como será o ato na próxima semana. De acordo com Thiago Tanji, o primeiro objetivo é buscar um canal de comunicação com a empresa:
O nosso objetivo seria barrar qualquer tipo de demissão. Infelizmente, a Globo, sem negociar previamente com os sindicatos, realizou essas demissões. Então, agora acho que em primeiro lugar a gente vai, no dia 11, fazer ações unificadas na porta da empresa. Em cada local, vamos colocar carro de som para fazer essa ação conjunta. Queremos abrir uma mesa de negociação com a empresa.
Na terça (4), os jornalistas do Rio de Janeiro classificaram o movimento da Globo como "dia de terror" e falaram que ingressariam com uma denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho.
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As demissões de jornalistas e radialistas da Globo aconteceram na terça (4) e na quarta (5), mas internamente a expectativa é que o facão termine de passar apenas em maio.
A medida desta semana foi de mandar embora profissionais veteranos e com altos salários. Giuliana Morrone, César Galvão, Fabio Turci, Fábio William, Marcelo Canellas, Eduardo Tchao, Monica Sanches, Leila Sterenberg e Thaís Itaqui foram alguns dos âncoras e repórteres dispensados nos últimos dias.
Além deles, diretores, chefes, editores e produtores experientes também aparecem na lista. A avaliação é que o famoso "padrão Globo" vai cair por conta da saída de profissionais veteranos. A emissora, no entanto, está determinada a economizar.
Em comunicado para falar sobre os cortes que aconteceram no Jornalismo, a Globo admitiu que precisa demitir para manter sua performance financeira perto do que considera ideal. A emissora deixou claro que fará isso quando for preciso para seguir com as contas nos trilhos.
Ao Notícias da TV, a emissora explicou os cortes:
A Globo, assim como as demais empresas de referência do mercado, tem um compromisso permanente com a busca de eficiência e evolução, mas lamenta quando se despede de profissionais que ajudaram a escrever e a contar a sua história. Isso, no entanto, faz parte da dinâmica de qualquer empresa.
"Os resultados da Globo refletem a boa performance do conjunto das suas operações e uma constante avaliação do cenário econômico do país e dos negócios. Como parte do processo de transformação pela qual vem passando nos últimos anos e alinhada à sua estratégia, a empresa mantém a disciplina de custos e investimentos em iniciativas importantes de crescimento."
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