NO FANTÁSTICO
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
O ator Jeff Machado; Fantástico deste domingo (4) deu detalhes sobre o caso e revelou áudios
Maria das Dores Machado fez um apelo por justiça em entrevista sobre o assassinato do filho, o ator Jeff Machado, no Fantástico deste domingo (4). Ela pediu punição aos culpados pelo crime e disse que também quer saber a verdade por trás da morte do artista "por mais cruel que seja". Um dos suspeitos foi preso pela polícia, e o outro está foragido.
"Eles têm que ter um castigo, uma punição. Justiça e punição. Quero a verdade, por mais cruel que seja. Chega de mentiras", declarou ela, ao programa da Globo.
A reportagem também ouviu a delegada Ellen Souto, da DDPA (Delegacia de Descoberta de Paradeiros) do Rio de Janeiro, responsável pelo caso. Ela voltou a afirmar que Jeff era visto como uma "vítima perfeita" pelos suspeitos --Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinicius.
Ele tinha desejo de ser ator, recém-saído de outra profissão. E esse sonho começa a se tornar realidade no final de 2022 quando Bruno pede a Jeff uma transferência de R$ 18 mil em quatro parcelas para que ele conseguisse a vaga em uma novela.
De acordo com as investigações da polícia, Bruno teria começado a planejar a morte do ator assim que recebeu o dinheiro em novembro. "Ele não começaria na novela e, certamente, iria cobrar a devolução [dos valores]. Havia, com certeza, uma desqualificação do Bruno, que se apresentava a todos como assistente de direção", explica Ellen.
De acordo com Ellen, a polícia trabalha com a hipótese que Bruno tenha estrangulado Jeff e contado com a ajuda de Jeander --responsável também por abrir o buraco no qual foi enterrado e concretado o baú com os restos mortais da vítima. O produtor de TV também teria dopado o ator antes do crime.
"Foi colocada uma substância para entorpecer o Jeff em um suco. O próprio sente um gosto estranho e pergunta", explica a delegada, a partir de depoimentos de Jeander. "Ele diz que, enquanto estava no banheiro, Bruno o estrangulou e disse: 'agora você está comigo nessa e vai comigo até o fim", acrescentou.
Bruno também teria sido responsável por abandonar os oito cachorros de Jeff --dois morreram e um está desaparecido até hoje-- e ainda tentou vender os bens dele como a casa e o carro. "A venda [do veículo] só não foi concretizada porque ele não achou o documento de compra e venda. A casa estimada em R$ 600 mil foi oferecida por R$ 280 mil", detalhou Ellen.
"Esse rapaz foi extremamente manipulado, subjugado e foi morto acreditando que estava na companhia de um bom amigo", arrematou a policial.
Procurada, a defesa de Bruno disse que o processo é "complexo e cheio de detalhes" e que apenas "o conjunto de provas ao longo do processo vai permitir chegar a uma conclusão".
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