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AÇÃO DE MR. CATRA

Juiz classifica Superpop como programa de 'baixo nível' e condena Val Marchiori

REPRODUÇÃO/REDETV!

Val Marchiori falando durante participação no Superpop, da RedeTV!, em 2016

Val Marchiori em participação no Superpop em 2016; socialite virou alvo de um processo de Mr. Catra

VINÍCIUS ANDRADE e LI LACERDA

vinicius@noticiasdatv.com

Publicado em 15/1/2021 - 7h05

Em um processo que se arrasta desde 2015, Val Marchiori foi condenada em primeira instância a pagar R$ 10 mil de danos morais para Wagner Domingues Costa, popularmente conhecido como Mr. Catra (1968-2018). Na decisão, o juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível do Rio de Janeiro, classificou o Superpop como um "programa televisivo de fofoca e baixo nível", mas livrou a RedeTV! de qualquer tipo de punição.

Catra, que morreu em setembro de 2018 em decorrência de um câncer de estômago, entrou com a ação contra Val após ter sido chamado de "babaca", "mau-caráter", "sem-vergonha" e "safado" durante uma participação da socialite na atração comandada por Luciana Gimenez.

Na ocasião, a ex-Mulheres Ricas também afirmou que ele pegava meninas "pobrinhas", de baixo poder aquisitivo, para fazer filho nelas. O funkeiro era reconhecido por ter assumido a poligamia, com três companheiras diferentes, e foi pai de 32 filhos.

Ainda em 2016, as duas partes rejeitaram uma audiência de conciliação para resolver a situação. Os dois já não "se bicavam" desde 2014, quando Catra participou do quadro Elas Querem Saber, no Programa Raul Gil, e foi questionado por Val sobre o estilo de vida que levava.

"Fui num programa de TV e lá estava essa senhora, junto com outras meninas para me fazerem perguntas. Ela foi bem rude nas perguntas comigo. Eu fui embora dar sequência à minha agenda. No outro dia, ela coloca uma nota em uma coluna de uma revista famosa me detonando. E não satisfeita, ela foi em um outro programa de TV me criticar", disse o cantor ao jornal Extra, em julho de 2016, para explicar o motivo de ter ido à Justiça.

Mesmo depois do processo, os dois continuaram trocando alfinetadas públicas, inclusive no Superpop. Eles nunca mais estiveram nos mesmos programas, mas o caso era relembrado na parte de "polêmicas" da carreira quando algum dos dois concedia uma entrevista.

Assista abaixo ao vídeo de uma edição da atração da RedeTV! de 2016, quando Val reafirmou que Catra seria "safado" depois de ouvir que ele tinha se sentido ofendido com as declarações dela. "Pobre é o espírito dela, minhas mulheres nunca foram pobres", se defendeu ele na época. Veja:

Decisão contra Val Marchiori

Mr. Catra pediu R$ 300 mil de indenização por danos morais. A ação só foi julgada em 25 de junho de 2020, e o Notícias da TV teve acesso à sentença.

O juiz Mario Cunha Olinto Filho destacou que o funkeiro "teve a sua imagem e reputação comprometidas por conta de imputações ofensivas à sua honra por conta de 'opiniões' trazidas pela ré [Val] em programa televisivo de fofoca e baixo nível".

O magistrado apontou que as duas partes do processo eram figuras públicas e mantinham carreiras cercadas de polêmicas. Reconheceu que houve difamação e injúria por parte de Val, mas minimizou os danos por considerar que Catra "se permitia com condutas questionáveis, longe de ser a mesma [lesão de imagem] que existiria para um anônimo ou pessoa não envolvida em polêmicas".

A Justiça do Rio de Janeiro fixou o valor de R$ 10 mil de indenização para o espólio de Mr. Catra. "O valor deverá ser suficiente para indenizar, atendendo também o caráter punitivo, para que atos como esse não se tornem permissíveis ou vantajosos no futuro", ressaltou Mario Cunha Olinto Filho.

A defesa de Val Marchiori já recorreu da decisão e espera se livrar do pagamento em segunda instância. Em nota à reportagem, a advogada da socialite, Kátia Antunes, alegou que "a intenção da Val Marchiori nunca foi ofender ninguém. Pelo contrário, ela saiu em defesa das mulheres e expôs a sua opinião de forma sincera, porém sempre respeitosa". Procurada, a RedeTV! não se manifestou até o fechamento deste texto.


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