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Dia de fúria

Jornalista da Globo tem ataque de raiva e é xingada em protesto no RJ

Reprodução/TV Globo

A repórter Bette Lucchese, da Globo, que teve ataque de fúria e foi xingada por manifestantes no RJ - Reprodução/TV Globo

A repórter Bette Lucchese, da Globo, que teve ataque de fúria e foi xingada por manifestantes no RJ

PAULO PACHECO

Publicado em 25/4/2014 - 15h52

A jornalista Bette Lucchese, da Globo, teve um acesso de fúria em Copacabana (Rio de Janeiro) durante a gravação de uma reportagem sobre a morte do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereria, o DG, do programa Esquenta. Na sequência, ela foi hostilizada por duas pessoas que protestavam contra a ação da polícia, na última quinta-feira (24).

Um vídeo publicado pelo jornal A Nova Democracia mostra o momento em que a repórter fica brava com a equipe da Globo e recebe ofensas de pessoas na rua. Irritada, a jornalista deu uma bronca na equipe após o operador de áudio avisar que o microfone estava desligado quando ela gravava uma passagem.

"Como é que desliga essa m..., caraca. Não sou eu que desligo esse negócio. Não adianta fazer cara feia, não", reclama a jornalista no vídeo publicado pelo jornal. O operador de áudio se justifica: "Não fui eu que desliguei, o microfone estava com você". O cinegrafista tentou acalmar os ânimos: "Não adianta discutir agora".

Em seguida, o vídeo mostra manifestantes xingando a repórter e a Globo pela cobertura da morte do dançarino do programa Esquenta. Aos gritos de "Vai falar que a UPP é para quê?", "Vai embora!", "Nunca fica do lado do povo" e "Fora! Vai editar a matéria lá na p...", pedestres hostilizaram a equipe da emissora. Nem as novelas foram poupadas: "Vai passar essas novelinhas de m...", gritou uma pessoa.

A reportagem gravada por Bette Lucchese foi ao ar no RJ-TV 2ª Edição, mas sem a passagem (quando o repórter aparece no vídeo).

Na noite da última segunda-feira (21), o dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, conhecido como DG, foi encontrado morto na comunidade do Pavão-Pavãozinho, no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro. As investigações apontam que ele teria sido baleado ao tentar escapar de um tiroteio entre policiais e traficantes. Manifestantes acusam a polícia de ter atirado no dançarino.

A Globo não comenta o comportamento da repórter. Segundo a emissora, duas pessoas tentaram, sem sucesso, prejudicar a reportagem, e lamenta o ocorrido.

Assista ao vídeo que mostra a repórter da Globo enfurecida e sendo hostilizada por manifestantes no Rio de Janeiro:

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