MISSAS PROIBIDAS
REPRODUÇÃO/NETFLIX
Gregório Duvivier como o Jesus do primeiro especial de Natal do Porta dos Fundos, da Netflix
O grupo católico que tentou censurar o Porta dos Fundos em 2019 agora está pedindo a liberação das igrejas em meio à pandemia da Covid-19. O Centro Dom Bosco de Fé e Cultura chegou a conseguir na Justiça uma liminar para que fosse tirado da Netflix o primeiro Especial de Natal, em que Gregório Duvivier interpretou Jesus como homossexual, mas a produtora conseguiu recorrer da decisão na época.
No sábado (3), o ministro do Supremo Tribunal Federal Kassio Nunes Marques foi contra a recomendação de autoridades sanitárias para proibir as cerimônias religiosas e assim evitar aglomerações no pior momento da pandemia da Covid-19 e acatou um pedido da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) para liberar missas em Minas Gerais.
Entretanto, o ministro do STF Gilmar Mendes derrubou a liminar que liberaria igrejas no Estado de São Paulo.
De acordo com a coluna de Ancelmo Gois no jornal O Globo desta terça (6), os religiosos estão cobrando para que Mendes reconsidere o impedimento a realizações de cultos, já que o magistrado negou a ação do PSD (Partido Social Democrático) para liberar as cerimônias católicas em São Paulo.
O Centro Dom Bosco de Fé e Cultura argumenta em seu pedido para a liberação que "o Brasil está na contramão do mundo ao vetar a liberdade religiosa em todo o território nacional". As missas e cultos estão proibidos devido ao ápice da crise sanitária, que já matou mais 330 mil brasileiros.
Os advogados do grupo católico também pedem para que o STF impeça qualquer ordem que proíba "o livre exercício do direito fundamental à liberdade religiosa".
O Centro Dom Bosco é o mesmo que em 2019 conseguiu uma decisão na Justiça para censurar a exibição do do Especial de Natal do Porta dos Fundos, na Netflix. No filme de comédia, Jesus volta do deserto com um namorado, interpretado por Fábio Porchat, e o apresenta à família.
Na época, a produtora recorreu da decisão, e o STF reviu o processo analisado primeiramente pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e manteve a produção no ar.
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