ANDRÉ TAL
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André Tal no JR Mundo em que entrevistou o médico Marc Abreu, responsável por seu tratamento
Repórter especial da Record e ex-correspondente da emissora, com passagens por Nova York, Tóquio e Londres, André Tal encara há quatro anos um desafio maior do que qualquer cobertura jornalística que já fez na vida: a luta contra o Parkinson. Aos 43 anos, ele tem se submetido a um tratamento experimental da doença.
O jornalista vai revelar mais detalhes de sua luta na próxima edição do Domingo Espetacular, no ar no dia 5, a partir das 19h45. "A partir de agora, vou quebrar o silêncio sobre algo que há anos eu tenho tentado esconder", afirma o repórter.
O tratamento ocorre em Miami, nos Estados Unidos, com o médico brasileiro Marc Abreu, especializado em doenças degenerativas --como Alzheimer, esclerose múltipla, distrofia muscular e ELA (esclerose lateral amiotrófica).
Ao contrário de outros processos para combater o Parkinson, a terapia desenvolvida pela equipe de Abreu tenta não apenas diminuir a progressão da síndrome, mas restaurar as funções perdidas. Ou seja, em vez de retardar os tremores característicos, o tratamento os reverte --o paciente consegue, em tese, recuperar o controle sobre seus membros.
Em setembro, Tal entrevistou Abreu para o JR Mundo sobre o tratamento experimental, sem revelar que ele próprio era um dos pacientes. O médico explicou que a novidade utiliza a indução de proteínas de choque térmico, responsáveis pela eliminação de agregados tóxicos e pelo redobramento das proteínas defeituosas.
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O médico Marc Abreu trata André Tal em Miami
O procedimento já foi aprovado pela FDA (a Anvisa norte-americana) e é encarado como uma cirurgia do futuro, pois não envolve cortes. O paciente usa uma espécie de capacete que capta o sinal cerebral e induz calor nas proteínas de choque térmico. Aquecidas, elas passam a trabalhar mais rapidamente, revertendo a diminuição ou perda de função causada pelo envelhecimento ou pelas doenças degenerativas.
Abreu também explicou que o tratamento não tem efeitos colaterais negativos --uma evolução de outros procedimentos, que nem sempre eram eficazes sequer na tentativa de retardar os sintomas e a degeneração cerebral.
André Tal trabalha na Record desde 2006, mas é jornalista há 22 anos. Foi correspondente durante oito e tem no currículo dois prêmios Esso, vencidos em 2008 e 2011 --com reportagens sobre um esquema de pedofilia envolvendo empresários de Rondônia e sobre a Transamazônica.
Além de documentários e séries especiais, ele também participou de grandes coberturas em todo o mundo, como um tsunami no Japão, os atentados de Paris, Jogos Olímpicos e Copa do Mundo.
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