LEMBRANÇAS
REPRODUÇÃO/GLOBO
Djavan emocionado durante entrevista no Caldeirão com Mion; músico recebeu homenagem de Caetano
Convidado do Caldeirão com Mion deste sábado (28), Djavan ficou com os olhos cheios de lágrimas ao receber uma homenagem de Caetano Veloso. O cantor se emocionou ao relembrar como conheceu o amigo e definiu a experiência como algo "inacreditável". "Ele sempre me inspirou", confessou.
A terceira música escolhida por Lúcio Mauro Filho para Djavan cantar no palco da atração foi Sina, composta por ele em homenagem a Caetano Veloso. Marcos Mion aproveitou para pontuar uma coincidência curiosa entre os dois cantores.
"Vocês dois têm uma relação muito bonita, até mais intrínseca do que eu pensava. Acompanha comigo: você é Djavan Caetano Viana, Caetano é Caetano Emanuel Viana Veloso. Vocês dois são Caetano Viana. Em algum multiverso, vocês são gêmeos", brincou o apresentador. "Pelo menos irmãos, homônimos, próximos. Você já conversou com ele sobre isso?", questionou.
Djavan revelou que ambos já tinham notado essa semelhança. "Sim, mas não tem nem chance de a gente ter algum parentesco depois do que a gente já conversou e pesquisou. O Caetano é baiano, nasceu em Santo Amaro, e eu sou alagoano, nasci em Maceió", explicou ele.
Caetano Veloso, então, surgiu em um vídeo gravado em homenagem ao amigo. "O Djavan, para mim, é um negócio que aconteceu com a música brasileira que, tudo de rico que se desenvolveu nela, terminou tomando o ser do Djavan. Ele representou esse avanço da música. É um estilo pessoal dele, mas é um avanço da Música Popular Brasileira. Logo que eu vi o Djavan pela primeira vez, eu percebi isso, eu senti", contou o artista.
"Eu fiquei maravilhado, porque depois aconteceu de fato, você viaja o Brasil inteiro e tem alguém, em um bar, cantando e imitando Djavan, tendo aquilo como um sol da música. E com razão", finalizou ele.
Visivelmente comovido, Djavan rasgou elogios para o músico. "O Caetano é uma pessoa que, além do talento que ele sempre demonstrou e continua, e vai continuar para sempre, ele é muito generoso. Foi no festival Abertura que ele me procurou --sempre fui tímido, eu jamais teria coragem de procurar o Caetano ou alguém, eu não procuro ninguém, praticamente, porque sou muito tímido", contou ele.
"O Caetano me procurou, disse: 'eu quero marcar um encontro com você, eu quero ouvir suas músicas', eu achei inacreditável aquilo. Mas aí fomos em um encontro no hotel, mostrei algumas músicas --até que eu perdi--, e ele adorou. 'Sua música é incrível', e ficamos amigos desde então", explicou.
Djavan revelou que Caetano sempre foi uma inspiração e foi essencial em seu desenvolvimento como músico. "[Gilberto] Gil, Caetano [Veloso], Chico [Buarque] e Milton [Nascimento] foram os quatro esteios da minha formação, além dos que vieram antes como Luiz Gonzaga [1912-1989], The Beatles", afirmou.
"Mas esses quatro é quem mais eu prestava atenção na fase da minha formação. Eu acho os quatro imprescindíveis, me ensinaram muito, me ensinam até hoje. Eu quero vida longa para eles, porque eu preciso deles a vida inteira", concluiu, com lágrimas nos olhos.
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