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QUASE UMA BIBI PERIGOSA

'Diva' na internet, traficante revela ao SBT: 'Nunca segurei uma arma'

Divulgação/SBT

Roberto Cabrini com Danúbia Rangel em entrevista do Conexão Repórter de domingo (10) - Divulgação/SBT

Roberto Cabrini com Danúbia Rangel em entrevista do Conexão Repórter de domingo (10)

REDAÇÃO

Publicado em 7/12/2017 - 18h36

No embalo de Bibi Perigosa, a personagem que Juliana Paes viveu em A Força do Querer, o jornalista Roberto Cabrini entrevistou com exclusividade Danúbia Rangel, mulher do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha. Ela foi presa em 10 de outubro por tráfico de drogas, corrupção e associação com o tráfico. Apesar disso, minimiza seu envolvimento com o tráfico. "Me chamam de bandida da pior espécie, mas eu nunca segurei uma arma", desabafa.

A entrevista vai ao ar na madrugada de domingo (10) para segunda (11), no Conexão Repórter, do SBT. Cabrini foi até a ala feminina do presídio de Bangu, no Rio de Janeiro, para falar com a "Diva Dada Rangel", como ela é conhecida na internet _no Facebook, Danúbia tem páginas criadas por fãs que contam com 2.500 seguidores.

Também chamada de "Xerifa da Rocinha" e "Dama do Morro", a mulher de 33 anos foi condenada em 2016 a passar 28 anos atrás das grades. Foragida, só foi reencontrada em outubro deste ano, quando foi levada para Bangu.

Antes de ser presa, Danúbia ostentava nas redes sociais uma vida de luxo, com joias, carros importados, passeios de helicóptero, lanchas, roupas de grife e até implantes de silicone. Por isso, ganhou na internet a alcunha de diva.

Danúbia, no entanto, não quer que sua trajetória seja copiada: "Não sirvo de exemplo para ninguém", afirma ela, que também diz ser julgada pela sua vaidade exposta na web.

Mesmo presa, Danúbia mantém uma aparência bem cuidada, com unhas impecáveis, cabelo arrumado e óculos moderno. Na conversa com Cabrini, ela fala sobre a vida na cela que divide com outras 60 presas e sua rotina no presídio.

Também lembra o período de um ano e sete meses que passou foragida antes de ser presa. "Desde a primeira vez em que fiquei foragida, eu esperava uma palavra dessa dele [Nem]: 'Fala à minha mulher que eu amo ela, que eu tô com ela'. Eu ficava esperando sempre, e nunca veio esse recado", desabafa.

Maria-fuzil, antes de se envolver com Nem, Danúbia foi casada com Luiz Fernando Sales da Silva, o Mandioca, da favela da Maré, e com Marcelio de Souza Andrade, que substituiu Mandioca no comando do morro após a morte dele. Depois que Andrade foi morto pela polícia, ela passou a viver com o líder do tráfico na Rocinha.

A presa foi expulsa da Rocinha após a comunidade ser dominada por Rogério 157, ex-aliado de Nem, e hoje inimigo mortal, que foi preso na quarta-feira (6). Na conversa com Cabrini, Danúbia conta detalhes do plano que traçou com o marido para invadir o morro e retomar o poder.

A "Xerifa" também revela que, antes de ser pega, ouvia das pessoas que a vida dela estava em risco. "A polícia falou que não quer te prender, quer te matar", lembra ela.

Danúbia conta ainda que não usava sua posição no mundo da contravenção para se dar bem. "Nunca cheguei em um lugar e falei: 'Olha, eu sou a primeira-dama da Rocinha'", reconhece.

O Conexão Repórter vai ao ar depois do Programa Silvio Santos.

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