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CECÍLIA FLESCH

Demitida, jornalista da Globo incentiva colegas a ouvir 'podcast da discórdia'

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Cecília Flesch em chamada do programa Em Ponto

Cecília Flesch na GloboNews; jornalista se despediu de colegas da Globo por meio de e-email

GABRIEL VAQUER e JOSÉ VIEIRA

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 13/6/2023 - 21h50
Atualizado em 13/6/2023 - 21h56

Cecília Flesch se pronunciou depois de ser demitida pela GloboNews nesta terça (13). A jornalista foi desligada do canal após a repercussão negativa de falas no podcast É Noia Minha?, no qual chamou os bastidores do canal de "RivoNews" --em referência ao remédio Rivotril. Em comunicado, ela encorajou colegas de profissão a conferirem a entrevista completa.

A ex-apresentadora do programa Em Ponto enviou uma e-mail de despedida para os colegas da Globo. Ela passou 18 anos como contratada da Globo e admitiu que se chateou com a demissão.

"Parece que a gente não entregou tudo que deveria. Mas fiquem tranquilos, porque eu sei que entreguei --até demais, talvez", escreveu.

Cecília agradeceu às amizades construídas no decorrer de sua carreira e comentou seu amadurecimento no canal. "Saio 'maior de idade' desse lugar onde eu já andava de chinelo e gritando, achando que eu estava em casa".

"Quando cheguei em São Paulo, há exato um ano, descobri que existe muito mais coisa do que a casa dos pais. Também tomei umas bordoadas que me deram uma casca ainda maior", continuou.

A jornalista enalteceu a identidade que desenvolveu para o Em Ponto, programa que assumiu a titularidade em 2022. "Se tornou o meu jornal, eu sei. Ou não teria sapateado na previsão do tempo, nem Johny dançado black music no Dia do Trabalhador, nem senador rindo depois de assumir a ausência de tanto que gritou pelo Flamengo".

Para o telejornal, Cecília acordava diariamente às 2h15. Mesmo com a rotina, ela afirmou se divertir com a profissão. Apesar de quase duas décadas de Globo, ela encorajou colegas a se aventurarem: "Se conseguir, se a vida permitir, faça mestrado, doutorado, pós-doutorado em outros espaços".

Se você acredita mesmo que é capaz de fazer uma coisa. Insista. Por mais que te digam que vc é fraca e sem carisma, insista. Um dia essa mesma pessoa pode te dar um abraço apertado, dizer que vc é uma grande profissional e que sua resiliência vale ouro.

Por fim, Cecília insistiu para que os repórteres da Globo ouvissem o episódio de podcast que participou. "Não acredite em tudo o que vocês leem, combinados?", concluiu.

A comunicadora também se pronunciou nas redes sociais. Ela tranquilizou seguidores e disse que se manifestará publicamente sobre o assunto em breve. "Muito obrigada por toda enxurrada de carinho dos amigos virtuais e não virtuais. Estou bem. Mesmo."

O que aconteceu?

Na entrevista com o É Noia Minha?, em abril, Cecília afirmou que o apelido da GloboNews nos bastidores é RivoNews. "A gente chama de 'RivoNews'. Não tem como fugir da realidade. E como a gente foge da realidade? Se medicando", disse ela.

O que mais pesou nas suas falas foi a reclamação de só falar de política e economia --pilares da programação atual-- e a confissão de que faz perguntas sem prestar muita atenção.

"É um saco só falar de política e economia. 'Se vocês já me viram fazendo uma pergunta no jornal, eu estava jogando TwoDots dois segundos antes'", disse ela, explicando que o jogo online a ajuda na concentração --já reconhecido por médicos que atendem pessoas com problemas de atenção. 

Em julho de 2022, a jornalista deixou o Rio de Janeiro, sua cidade natal, para assumir a apresentação do jornal. Segundo ela, a rotina anterior, em que substituía apresentadores em emergências, sem ter um programa fixo, era bastante desgastante.

"Eu pedi para ter uma rotina para os meus chefes. Eles falaram: 'Agora vou te dar uma rotina. Agora você vai começar às 3h' (risos)", reproduziu ela sobre o convite para o cargo, relacionando ao tema do podcast --pessoas com rotinas diferentes do normal.

Cecília descreveu a redação do Rio de Janeiro como um "caos", diferente do clima dos bastidores em São Paulo. "Foram 16 anos na redação no Rio de Janeiro, onde a cada cinco palavras, três são palavrões". "Aqui as pessoas são mais sérias, mais caladas, e tudo bem", concluiu.


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