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WIL OLIVATO/PARAMOUNT+
Cris Dias: jornalista esportiva não sente saudade da rotina intensa de trabalho em hard news
Consagrada na televisão por sua trajetória no jornalismo esportivo, Cris Dias vive um momento de reinvenção. Longe do noticiário intenso do dia a dia, a comunicadora agora é apresentadora das transmissões da Libertadores e da Sul-Americana no Paramount+. A chegada à plataforma de streaming marca uma guinada na carreira --e ela não esconde o alívio: "Sinto zero falta do hard news".
A comunicadora já não se via mais no formato tradicional há algum tempo. Ela começou sua carreira na Globo em 2006, onde apresentou o Esporte Espetacular, mas algo mudou em 2019, quando estava prestes a deixar a emissora. "Desde aquela época, eu não queria mais ir para o hard news, eu queria outros projetos", relembra, em entrevista ao Notícias da TV.
"Depois de anos de estrada, você desenvolve vontades, desejos... E fui acompanhando a própria reinvenção do meu cenário de trabalho. Com essa história de muitos formatos e de você ser livre e autônomo, até mesmo dentro de um grande veículo, eu não tenho saudade nenhuma do hard news. Adoro trabalhar dessa forma atual", afirma.
A jornalista havia experimentado novos formatos tanto na TV quanto no digital. Em 2023, chegou a negociar com o Paramount+, mas o acordo não avançou. "Ano passado, nós voltamos a conversar, e eu sempre achei incrível o formato [do streaming]", revela. "A negociação foi muito tranquila nesse sentido. Nós só fomos alinhando outras pautas", acrescenta.
Morando em Porto Alegre, ela tem conciliado a rotina de viagens com a nova função. "Fico indo e voltando", diz, ao reforçar que a flexibilidade do streaming é um atrativo importante: "É uma nova fase que me deixa muito animada, ainda mais ao lado de um time de peso".
Cris também fez uma reflexão sobre como a evolução tecnológica alterou a maneira de se comunicar com o público. "Não é nem questão de ser importante para mim, mas sim de analisar o novo contexto do nosso trabalho. Até a TV aberta tem seus equivalentes hoje no digital. O modo de produzir conteúdo e de se comunicar não mudou, mas quanto mais você entender desse cenário digital, melhor", opina.
O consumo mudou. As pessoas não querem mais esperar. Para não ficar lá atrás, nós precisamos entender esse movimento. O streaming tem essa capacidade de dar autonomia para as pessoas. Eu vejo isso com olhos de quem entende que existe uma questão geracional nisso.
A jornalista conta que seu filho de 15 anos tem sido um termômetro fundamental para se manter atualizada. "Eu pago de tiazona às vezes, fico perguntando as coisas pra ele, porque ele nasceu nessa era digital. Ele me dá um horizonte", brinca. "Até com o pessoal da minha idade eu vejo um movimento desses mais velhos vindo para o digital."
Com passagens por programas como Esporte Espetacular, Globo Esporte, CNN Brasil, Band Esporte Clube e o canal CazéTV, Cris cobriu eventos como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. No Paramount+, ela integra um time escalado para transmitir mais de 140 jogos ao vivo em 2025. E, desta vez, com liberdade para explorar novas narrativas --longe do formato engessado que já não a representa mais.
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