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Comerciais banidos do Super Bowl vão de beijo gay a sexo com vegetais

Reprodução

Comercial do site de namoro gay ManCrush mostra dois homens se beijando em uma poltrona - Reprodução

Comercial do site de namoro gay ManCrush mostra dois homens se beijando em uma poltrona

JOÃO DA PAZ

Publicado em 1/2/2015 - 6h16

Dois homens se pegando em uma poltrona. Mulheres sensualizando com vegetais. Criar polêmica em comerciais rende audiência e comentários, sejam contra ou a favor. No espaço mais nobre da TV mundial, o intervalo do Super Bowl, empresas pagam até 4,5 milhões de dólares (R$ 12 milhões) por 30 segundos. Muitas companhias, no entanto, não gastam quase nada e ficam famosas do mesmo jeito: produzem anúncios polêmicos justamente para serem recusados pelas redes de TV que exibem a final da NFL, a liga de futebol americano, que neste ano terá New England Patriots contra Seattle Seahawks. A partida será hoje (1º), a partir das 21h30, com transmissão no Brasil da ESPN e Esporte Interativo.

Neste ano, nenhum comercial foi rejeitado pela NBC, que transmite o grande jogo nos EUA. Mesmo assim, uma empresa decidiu cancelar a veiculação de um anúncio e, assim, chamar a atenção e conseguir milhões de visualizações gratuitas no YouTube.

Empresa de hospedagem de sites, a GoDaddy fez uma peça sobre um cachorro que cai de um carro e se perde da família. O animal, após passar por apuros, consegue retornar ao lar. A dona fica feliz, mas não por tê-lo de volta. Ela tinha acabado de vendê-lo para outra família, em um site criado pela GoDaddy. Veja o comercial:

A seguir, sete comerciais polêmicos, preparados para o Super Bowl, que foram banidos ou censurados pelas emissoras norte-americanas:

Abridor de garrafa nada convencional

Empresa: Bud Light (cerveja)
Ano: 2006
Visualizações no YouTube (até 30/1): 2,92 milhões

Esse comercial da Bud Light, cerveja mais popular entre os norte-americanos, segue convencional até os segundos finais, quando ocorre uma cena constrangedora. Dois caras estão bebendo em um bar, e o atendente sai uns instantes para receber uma entrega. Um dos clientes pula o balcão e vai até uma geladeira cheia de cerveja. Nesse momento, o funcionário volta e o rapaz tenta se esconder. O barman pega uma cerveja e busca o abridor de garrafa que fica no balcão. Mas ele acaba enfiando a garrafa no ânus do cliente escondido.

Beijo gay sem querer querendo

Empresa: Snickers (chocolate)
Ano: 2007
Visualizações no YouTube (até 30/1): 520 mil

A empresa Mars, dona da marca Snickers, cancelou o comercial antes de sofrer censura da CBS. Considerada homofóbica por entidades que lutam contra o preconceito, a peça mostra dois mecânicos comendo a mesma barra de chocolate. Quando chegam ao fim do doce, eles se beijam. Indignados e com cara de nojo, rapidamente decidem fazer alguma “coisa de macho”. E, sem hesitação, puxam com força pêlos do próprio peito e gritam.

Proteja o membro

Empresa: Rolling Rock (cerveja)
Ano: 2008
Visualizações no YouTube (até 30/1): 2,83 milhões

A ideia do comercial é maluca: um despretensioso jogo de beisebol vira um cenário de terror para os homens após um jogador rebater uma bola que ricocheteia na parte íntima de mais de 20 caras presentes no estádio, de atletas a pessoal da imprensa, passando pelo público na arquibancada. Dois torcedores, porém, bebem Rolling Rock tranquilamente porque estão com protetores genitais. A imagem deles é mostrada junto com a frase “beba com responsabilidade”. A imagem polêmica da peça aparece aos 48 segundos: duas bolas de beisebol ficam ao lado da cerveja e uma espuma branca escorre na garrafa.

Tesão por vegetais

Empresa: Peta (sigla, em inglês, para Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais)
Ano: 2009
Visualizações no YouTube (até 30/1): 970 mil

A Peta não deixou que o banimento da NBC em 2009 fizesse com que a campanha por mais amor aos animais (ou aos vegetais) chegasse ao fim. Foi criado um site para exibir o comercial censurado, perfis das modelos que participaram da propaganda e uma lista dos motivos apresentados pela emissora que o censurou: lambidas em abóbora, esfregar abóbora na região pélvica, sexo com brócolis, aspargo no meio das pernas de uma mulher, entre outros. De acordo com a peça, os vegetarianos têm melhor desempenho na cama.

Pegação gay

Empresa: ManCrush (site de namoro homossexual)
Ano: 2010
Visualizações no YouTube (até 30/1): 593 mil

Dois torcedores de times rivais assistem a um jogo de futebol americano. Em determinado momento, ambos esticam as mãos sobre uma bacia cheia de batata. Após uma troca de olhares, eles passam a se pegar no sofá. Havia dúvida se o site ManCrush teria US$ 2,5 milhões para pagar os 30 segundos de um dos intervalos do Super Bowl 2010. Ou seja, o propósito da peça era ser rejeitada pela CBS, detentora do evento naquele ano. A rede norte-americana divulgou que a propaganda “não se adequou ao padrão da emissora em um domingo de Super Bowl”.

Promiscuidade total

Empresa: Ashley Madison (site de namoro para adúlteros)
Ano: 2011
Visualizações no YouTube (até 30/1): 1,80 milhão

Comemorando uma década no ar, o site de namoro para adúlteros Ashley Madison pretendia celebrar a data no principal espaço publicitário da TV norte-americana. O banimento não impediu que a propaganda vingasse entre o público. Estrelado pela atriz pornô Savanna Samson, o comercial transmitia a mensagem de traição e sexo livre (com bichos inclusive). A personagem de Savanna, Jackie, diz que o marido a traiu. Uma das moças presentes na sala de reunião diz a ela, que só está de lingerie: “Bem-vinda ao clube.”

Riscos de não usar camisinha

Empresa: Durex (camisinha)
Ano: 2012
Visualizações no YouTube (até 30/1): 1,94 milhão

A Durex foi ao extremo ao fazer um alerta sobre a importância de usar camisinha. O conceito não era chamar a atenção para a possibilidade de contrair doenças sexualmente transmissíveis, mas, sim, para uma gravidez indesejada. A propaganda começa com um assaltante de banco e depois há duas imagens de assassinos. Na sequência, uma criança de quatro anos coloca um gato dentro de um forno. Após essa cena, uma mulher morre assim que dá à luz um bebê. Por fim, aparece um casal na cama e a moça pergunta: “Trouxe camisinha?”. O cara responde: “Não, o que de ruim pode acontecer?”. O comercial termina com uma camisinha e uma mensagem: “Para a sua proteção. E a nossa", alertando para o fato que uma gravidez indesejada pode gerar pessoas assassinas.


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