Belaventura
Divulgação/RecordTV
Rayanne Moraes e Bernardo Velasco em cena de Belaventura: água com açúcar e sangue
DANIEL CASTRO
Publicado em 27/10/2017 - 16h12
Novela quase infantil da Record, Belaventura foi reclassificada como imprópria para menores de 12 anos. Se a vinculação da classificação indicativa a horários ainda estivesse em vigor, a trama não poderia ser exibida antes das 20h, como ocorre atualmente.
Em despacho publicado nesta sexta-feira (27) no Diário Oficial da União, o Ministério da Justiça apontou que o conto de fadas ambientado na era medieval contém "morte intencional", "ato violento", "presença de sangue", "lesão corporal", "pena de morte" e "tortura".
A decisão do ministério, apesar de não ter impacto na programação da Record, espantou profissionais da emissora. É que Belaventura, embora não seja exatamente uma novela infantil, tem forte apelo sobre crianças. Os protagonistas são um príncipe e uma plebeia que engatam um romance água com açúcar cheio de idas e vindas.
Em entrevista ao Notícias da TV, na época do lançamento da novela, em julho, o autor de Belaventura, Gustavo Reiz, afirmou que sua grande inspiração foi a literatura medieval, principalmente lendas e contos de fadas, e não a série Game of Thrones, como executivos da emissora chegaram a alardear.
"Entendo a comparação com Game of Thrones porque é a mesma época. Apesar de eu ser fã e de esperar toda nova temporada da série, vamos apresentar uma proposta diferente. É realmente uma novela, com muito romance e humor", disse.
A história de Belaventura se passa no século 15, no final da Idade Média, no fictício reino de Belaventura. O rei Otoniel (Kadu Moliterno) enfrenta as armações de Severo (Floriano Peixoto) e Marion (Helena Fernandes), que tentam tomar o poder.
Enquanto isso, seu filho, o príncipe Enrico (Bernardo Velasco), se apaixona à primeira vista por Pietra (Rayanne Morais), uma moça pobre, que teve uma infância horrível nas mãos de seu padrasto.
Procurada, a Record não comentou a reclassificação da novela.
No final de agosto do ano passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) declarou inconstitucional a vinculação da classificação indicativa a horários. Ela serve apenas para orientar os pais sobre as impropriedades dos conteúdos.
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