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STREAMING É O MOMENTO

Com menos estreias, Telecine encerra era de ouro dos canais de filme na TV paga

DIVULGAÇÃO/PARAMOUNT

Tom Cruise no filme Top Gun: Maverick (2022)

Tom Cruise em Top Gun: Maverick (2022), principal estreia do canal Telecine em dezembro

VINÍCIUS ANDRADE

vinicius@noticiasdatv.com

Publicado em 27/12/2022 - 6h35

A forma de o público consumir filmes mudou nos últimos dois anos. Com salas de cinema fechadas e uma profusão de serviços de streaming das maiores produtoras do mercado durante a pandemia, a TV paga perdeu relevância nesse quesito e deixou de ser uma das mais atraentes vitrines da janela de exibição. Quem precisou se adaptar nesse processo foi o Telecine, empresa do Grupo Globo que é líder no mercado.

Opção nos pacotes mais caros da TV por assinatura, o canal era reconhecido por ser o primeiro a lançar os filmes depois que eles passavam pelo circuito que incluía cinema e as vendas ou aluguéis nos sistemas de pay-per-view online.

A Superestreia Telecine chamava a atenção, com filmes que ainda não poderiam ser encontrados facilmente em outras plataformas. A audiência correspondia, e alguns deles chegavam a deixar o canal nas primeiras posições da TV paga, mesmo sendo um serviço premium.

Em 2020, ano que mais gente ficou em casa por causa da quarentena e consequentemente passou mais tempo vendo televisão, o Telecine Pipoca e o Action fecharam entre os 20 canais mais vistos. Já em 2021, a rede perdeu público e apareceu somente entre os 30. Neste ano, ao considerar os dados do mês de setembro, o Action surgiu apenas na 41ª posição do ranking, e o Pipoca, em 45º.

Atualmente, os lançamentos são mais raros --em dezembro, por exemplo, a novidade foi Top Gun: Maverick (2022), que ficou disponível ao mesmo tempo no Paramount+, serviço que custa R$ 10 por mês a menos do que o canal do Grupo Globo. O longa com Tom Cruise estreou em maio nos cinemas.

Ou seja, a ideia de que o assinante do Telecine tinha um serviço praticamente exclusivo, com o lançamento antecipado dos principais sucessos do cinema acabou se perdendo nos últimos anos. O motivo: mudanças nos contratos com as grandes distribuidoras.

Menos lançamentos

A Disney não renovou o acordo que tinha com o Telecine, que perdeu o direito de exibir todos os filmes das empresas do grupo, que inclui a própria dona do Mickey Mouse, Marvel, Fox, Pixar e LucasFilm (Star Wars).

A Paramount também adaptou seu cardápio cedido ao canal para priorizar seu streaming, mas ao lado da Universal Pictures segue como a principal parceira da empresa brasileira. Além, é claro, dos longas nacionais que são produzidos pelo próprio canal em parceria com companhias como a Globo Filmes.

Faturamento de R$ 100 milhões

O Telecine existe desde 1991, quando a Globo passou a investir na TV por assinatura. Atualmente, além dos tradicionais canais lineares, é uma marca que patrocina filmes brasileiros e oferece um serviço de streaming, que é vendido como uma opção no Globoplay.

O plano mensal custa R$ 29,90, preço que passou a valer em outubro. Antes, o custo era de R$ 37,90. Além disso, foi criado um pacote anual de R$ 286,80, o que sai por R$ 23,90 dividido em 12 vezes. O objetivo é, mesmo com a crise na TV paga, tentar manter no streaming a arrecadação anual dos canais, que ultrapassa R$ 100 milhões.


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