Choro e perda de voz: Como Ceará deixou de ser o pior artista do Show dos Famosos

Wellington Muniz, conhecido como Ceará, demorou até encontrar o caminho correto no Show dos Famosos. Após uma sequência de apresentações desastrosas, ele conseguiu arrancar notas máximas de todos os jurados em suas duas últimas apresentações e agora é visto pelos demais competidores como um real adversário. Mas sua trajetória até se entender no reality show envolveu momentos de choro, reflexão e até perda de voz.

A grande virada aconteceu no dia 2 de junho, quando interpretou Maria Bethânia. Até então, ele vinha recebendo duras críticas e notas baixas. A cantora baiana já era uma personagem de seu repertório nos tempos de Pânico, mas ele conseguiu emocionar os jurados e o público de casa ao se desfazer da caricatura e incorporar o real estilo da artista homenageada.

"Receber 10 de Boninho me deixou muito feliz. Ele foi muito legal comigo, não só na questão de amolecer o coração, ele percebeu que assim como todos os participantes a gente trabalha muito com a equipe para fazer sempre o melhor. As pessoas sempre me olham como humorista, acho que eles sentiram e viram que eu fiz completamente diferente do que eu já tinha feito", avaliou.

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Na semana passada, ele voltou a gabaritar ao interpretar o cantor Fagner. Mas antes de conseguir tirar todas estas notas altas, ele teve momentos de choro no camarim, refletiu bastante a respeito de sua jornada no programa e chegou a perder a voz nos ensaios, tamanha sua vontade de acertar.

Ceará interpretou Fagner em sua última apresentação no Show dos Famosos e recebeu altas notas

"Música não é só ouvir. Quando você se entrega ali e deixa a música te levar, a coisa acontece. O mais bacana é estar nos corredores da Globo e ver a galera torcer. Me disseram que eu fiz chorar ou com o Agnaldo Rayol. Para mim é muito gratificante. E eu chorei na época do Agnaldo Rayol porque tinha perdido a voz. Fiquei desesperado, mas temos uma equipe muito boa, que me deu suporte", comentou.

Lanterna

Embora tenha recebido boas notas nas últimas performances, ele segue na lanterna do grupo A, o mais concorrido da temporada. Sua diferença para Di Ferrero, líder, é de apenas um ponto. Para Mel Fronckowiak, terceira colocada, a distância é de apenas três décimos.

"As pessoas pensam que por eu imitar vozes é mais fácil para mim. Não é bem assim. Imitar a voz falada é uma coisa. Dá para manter o mesmo registro, nuances, agora, cantar afinado, interpretar, é bem diferente. Às vezes você consegue fazer a voz falada, mas quando vai cantar, desafina. A pessoa não consegue alcançar as notas, os agudos, os graves. É outra coisa", defende-se.

Em sua estreia, ele interpretou Mick Jagger, líder do Rolling Stones, e foi bastante criticado pelo fato de ter feito uma performance cômica.

"O gestual, ao meu ver, era cômico. As pessoas tiveram a sensação que eu estava fazendo comédia. Talvez tenha ficado engraçado porque sou eu. Se fosse um colega meu, o público não teria essa visão. A maior competição é com a gente, com as nossas inseguranças. Cada um tem a sua preocupação de levar o melhor para o público. Eu vou ouvindo, estudando, faço o dever de casa", disse.

Ceará voltará a se apresentar no Show dos Famosos no dia 6 de julho. Hoje, sobem ao palco os artistas do grupo B: Ludmilla, Diogo Nogueira, Hugo Bonemer e Dani Winits.