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REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Cesar Tralli no Mais Você; jornalista falou sobre sua relação com Cid Moreira (1927-2024)
Cesar Tralli entrou ao vivo no Mais Você desta quinta (3) para prestar uma singela homenagem a Cid Moreira (1927-2024). O âncora do Jornal Hoje relembrou com carinho os poucos momentos em que teve o privilégio de estar junto do apresentador, elogiando a intensidade com a qual o veterano viveu sua própria vida. "Ele foi se tornando uma pessoa cada vez melhor", declarou.
Em depoimento a Ana Maria Braga, o comunicador lamentou a grande perda para o jornalismo brasileiro. "Eu gostei de como você abriu seu programa hoje, Ana, quando com toda sua sensibilidade você falou que o Cid é nosso. Nós, o Brasil, perdemos, no plural", iniciou ele.
"É bem isso mesmo, Cid Moreira vai muito além do jornalismo. Ele foi a voz do Jornal Nacional por décadas, como você mesma disse, eu também nasci assistindo ao Cid Moreira no Jornal Nacional e também dava boa noite para ele quando ele dava boa noite para a gente", revelou.
Tralli elogiou Cid Moreira como um excelente profissional, relembrou o vozeirão marcante do apresentador, mas preferiu falar do lado humano dele. "O profissional o Brasil conheceu bem. O ser humano que, para mim, foi fantástico em vários aspectos. Eu consegui observar, à medida que o Cid foi envelhecendo --amadurecendo, digamos assim--, como ele foi se tornando cada vez uma pessoa melhor", descreveu.
"Melhor no sentido da maturidade, de ele encontrar as pessoas e abraçar, beijar, ser agradável, conversar. A humildade dele, o carinho que ele tinha pelos colegas, jovens profissionais que ele sequer conhecia. Ele dava toda a atenção", enalteceu ele.
As vezes em que eu tive o privilégio de estar com ele sempre foram memoráveis, pelo lado espirituoso dele. O Bonner disse isso no programa da Patrícia: ele era muito brincalhão. Ele adorava contar piadas, ele brincava, ele tirava sarro das pessoas.
"Isso que me marca, porque eu tô sempre muito preocupado com algo que você sempre também traz, que é nós evoluirmos espiritualmente, mentalmente. É nossa caminhada da vida, o amadurecimento", declarou.
O jornalista ponderou que a saída de Cid Moreira da bancada do Jornal Nacional revelou um lado mais evoluído e maduro do grande âncora. Ana Maria Braga ainda deu créditos à viúva Fátima Sampaio. "O casamento dele com a Fátima, foi um negócio que, de repente, você via que ele estava a cada dia mais jovem com essa relação de amor que ele estabeleceu. Ele não desistiu de nada, muito pelo contrário, ele buscou o futuro", observou a veterana.
"Tanto que ele viveu intensamente esses 97 anos de vida. 97 anos de vida não é para a gente chorar, é para a gente celebrar", acrescentou Tralli. "Um profissional que começou como ele começou, que assumiu a bancada do telejornal mais importante do Brasil, um dos mais importantes do mundo, por todo esse tempo. Foi um exemplo de profissional", pontuou.
"Quando ele sai da televisão e começa uma etapa nova da vida, e ele vai vivendo a vida intensamente, com todas essas novas etapas até agora. Ele, de fato, deixa um legado maravilhoso, de dedicação ao trabalho. Especialmente, na minha modesta visão, de amor à vida", afirmou.
"Ele era um apaixonado pela vida, e viveu intensamente cada etapa da vida dele, mostrando para todos nós que essa história de velhice não existe. É a sua cabeça, a sua mente, a maneira como você lida com a vida, com os outros, com quem tá perto de você, que faz a diferença. Ele foi saudável, ele viveu, viveu, viveu e, é claro que uma hora a máquina para. Vai acontecer com todos nós. Mas ele deixa esse legado maravilhoso de uma pessoa apaixonada pela vida", finalizou.
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