MARGARETH BOURY
REPRODUÇÃO/RECORD
Autora de Rebelde Brasil contou que o personagem de Arthur Aguiar foi difícil de adaptar
Rebelde Brasil, da Record, conquistou a atenção de muitos adolescentes entre 2011 e 2012. Margareth Boury, responsável pela adaptação, não escondeu os problemas que enfrentou com o roteiro. A pedido da emissora, ela precisou desviar de alguns temas para deixar a telenovela puritana. "Não podia ter sexo", contou.
Margareth conversou com o Splash, do UOL, nesta terça (2). Na entrevista, a autora deu detalhes sobre as exigências de executivos da Record. "Não podia ter sexo, drogas, bebidas. Falei: 'Gente, como vou fazer Rebelde assim?'", recordou ela.
A roteirista disse que costumava ser cobrada pelos fãs da novela. Margareth precisou se adaptar às ordens da emissora e, como consequência, se afastou da versão mexicana do folhetim:
Os fãs me cobravam na época: 'Quando eles vão transar?'. Me sugeriram: 'Mas eles podem sonhar?'. Eu disse que sim e coloquei todos para sonharem com sexo num capítulo.
"Esse puritanismo não tinha na mexicana. O personagem do João (Michel Gomes) vendia papelote de cocaína no Elite Way [escola em que a versão latina é ambientada] no primeiro capítulo. A gente não podia", explicou. "A mexicana era mais real. Famílias disfuncionais que criavam filhos rebeldes".
Margareth afirmou que Diego, interpretado por Arthur Aguiar, foi o personagem mais difícil de adaptar. No roteiro, ele sofre com o alcoolismo na adolescência. Aos poucos, a autora convenceu a emissora a permitir que o tema fosse abordado.
"Consegui liberar bebida desde que ele não aparecesse bebendo em cena e a consequência fosse imediata, como o pai descobrir logo ou bater o carro e ficar de castigo", disse.
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