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Sem firulas

Audiência cai, e Globo joga fora quatro novidades do Fantástico

Fotos Reprodução/TV Globo

Tadeu Schmidt no programa do último domingo, logo após tocar viola com Michel Teló no cenário do programa - Fotos Reprodução/TV Globo

Tadeu Schmidt no programa do último domingo, logo após tocar viola com Michel Teló no cenário do programa

DANIEL CASTRO

Publicado em 18/8/2014 - 10h45
Atualizado em 19/8/2014 - 5h27

Quatro das "inovações" introduzidas pelo Fantástico em abril já foram jogadas no lixo da Globo. Menos de quatro meses depois da estreia do novo formato, o programa desistiu de mostrar as reuniões em que os jornalistas discutem os assuntos da semana, deixou de convidar um famoso para sugerir uma reportagem, aposentou a ideia de expor seus apresentadores conversando em telões com correspondentes e mandou para o depósito um robô de telepresença, apelidado sugestivamente de Tilt.

Todas essas novidades foram bombardeadas por telespectadores e profissionais da própria emissora. Foram introduzidas na reforma do cenário, realizada na edição de 27 de abril. A ideia dos diretores do Fantástico era mostrar os bastidores do programa, como um reality show. As "inovações" foram sumindo lentamente durante a Copa do Mundo até desaparecerem completamente em agosto. 

As firulas foram apontadas internamente como responsáveis pela queda de audiência do Fantástico. Nas 17 edições anteriores à reforma de cenário, o programa registrou média de 18,6 pontos na Grande São Paulo. Nas 17 edições posteriores, até o último domingo (17), a média foi de 18,0. No mesmo período do ano passado, a audiência média foi de 19,5.

Das novidades criticadas, foram mantidos apenas os cavalinhos fantoches que interagem com Tadeu Schmidt nos gols da rodada e "fanticons", espécie de emoticons customizados. Os "fanticons" estão sendo usados com bastante parcimônia. No programa do último domingo (17), apareceram apenas durante entrevista com a atriz Bruna Marquezine e em reportagem sobre os jogos gays, disputados em Cleveland (EUA).

Avião desenhado em computador "invade" o cenário do Fantástico: tecnologia é personagem

Os "fanticons" também perderam a proposta original: eles não exprimem mais "emoções" do público, que era convidado a escolher "carinhas" no site do programa que expressassem "sentimentos" diante de determinada entrevista ou reportagem. O público, que rejeitou a ideia, não vota mais. É a produção do programa que escolhe os desenhos que aparecem na tela.

Apesar do recuo, a tecnologia continua sendo um "personagem" do "novo" Fantástico. Grandes animais e objetos "invadem" o estúdio e imagens 3D. Na abertura do programa de domingo, um Cessna igual ao que viajava o candidato à Presidência Eduardo Campos entrou no cenário do programa e estacionou ao lado de Schmidt e Renata Vasconcellos.

A Comunicação da Globo diz que "é natural que ocorram mudanças constantes no Fantástico": "Os quadros, participações e os recursos tecnológicos variam de acordo com a necessidade das pautas da semana, seja um pocket show, uma grande entrevista ou uma cobertura mais abrangente".


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