VITOR MOROSINI
Reprodução/Record
Vitor Morosini em entrevista ao Domingo Show, da Record: surto psicótico fez ele se jogar de hotel
REDAÇÃO
Publicado em 17/2/2019 - 15h46
Destaque juvenil da novela Belíssima (2005), o ator Vitor Morosini voltou a ser notícia em agosto do ano passado, quando se jogou do quinto andar de um hotel em Barretos. Viciado em maconha, ele se sentia perseguido e decidiu que a única forma de se ver livre era tirar a própria vida. Agora, ele luta contra o vício e sonha em voltar a trabalhar como ator.
"Foi uma coisa que eu fiz minha vida inteira, e só resolvi dar um tempo porque entrei na aviação", contou ele, que abandonou a carreira artística depois da trama de Silvio de Abreu para trabalhar como comissário, mas nunca deslanchou na nova profissão. "Para voar eu precisava fazer exame toxicológico, e eu fumava muito todo dia."
A entrevista foi dada ao programa Domingo Show, da Record. Em conversa com o apresentador Geraldo Luis, ele disse que está sentindo falta da TV. "A saudade [de atuar] despertou agora. Eu sempre fui muito autocrítico, os anos foram passando e eu fui ficando meio calvo, fiz uma tatuagens pelo corpo, e achei que isso poderia me prejudicar na TV. Agora eu vejo que posso fazer outros tipos de papel, não preciso ser só o moço de pele lisinha, o bonitinho cabeludo", ressaltou.
Ao término do programa, Morosini ganhou um curso de interpretação na Escola de Atores Wolf Maya, para que ele faça um trabalho de reciclagem de atuação e possa voltar a trabalhar na área.
Em Belíssima, recentemente reprisada no Vale a Pena Ver de Novo, Morosini interpretou Isaac, filho dos personagens de Claudia Raia (Safira) e Guilherme Weber (Freddy). Antes disso, ele atuou em duas temporadas da série Sandy & Junior (1999-2002), do filme Tainá 2 (2005) e da novela Jamais Te Esquecerei (2003), do SBT.
Complexo de perseguição
A Geraldo Luis, Vitor Morosini contou que fumava maconha todos os dias, e que a droga tinha um efeito eufórico nele. "Nas três primeiras vezes que usei não gostei muito, depois comecei a curtir", falou ele, que experimentou a droga pela primeira vez aos 15 anos, antes mesmo de fazer a novela na Globo.
"No começo, era só euforia, nunca fui de ficar relaxadão. Eu estava surtado, um ano e oito meses fumando todo dia, uma hora a bomba estoura. Não foi o primeiro surto que eu tive, eu já tinha passado por outros. Tive um delírio persecutório, achava que tinha câmera me filmando em casa, passando pro mundo inteiro, coisa nada a ver", lembrou ele, que pegou sua moto e foi até Barretos, no interior de São Paulo.
Hospedado no hotel, ele continuou a achar que estava sendo perseguido. "Ligaram da recepção falando que eu tinha que desocupar o quarto, aí começou a bater o desespero. Se eu saísse do hotel, achava que iam me matar, me torturar, fazer mal para mim. Pensei que a única alternativa era pular. Subi no ar-condicionado que fica de fora do hotel. Bateram na porta do quarto, eu ouvi a batida, fechei o olho e pulei. Eu só pensei antes de pular: 'Estou na paz, Deus está comigo'", contou.
Depois de passar por cinco cirurgias e até hoje fazer sessões de fisioterapia, Morosini está praticamente recuperado. "Hoje eu desacredito que eu fiz isso [pular do hotel], porque sempre fui um cara que curte muito a vida, pratica esportes. A vida é única, é um milagre. Por mais que a situação esteja ruim, uma hora melhora. Tudo passa nessa vida, Deus deu a vida para a gente não tirar, não maltratar. Eu me arrependo muito, fico pensando e não acredito que eu estou vivo."
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