Sétima Temporada
Reprodução/Showtime
O ator Liev Schreiber, indicado ao Globo de Ouro e ao Emmy, na sétima temporada de Ray Donovan
JOÃO DA PAZ
Publicado em 29/11/2019 - 5h09
A sétima temporada de Ray Donovan colocou o seu protagonista no divã, no melhor estilo The Sopranos (1999-2007). Além de fazer a referência clássica de um machão abrindo o coração na terapia, a série apelou a um truque velho para atiçar o fã, que é matar um personagem e não mostrar o corpo. Menos mal que essa problemática foi resolvida logo.
No segundo episódio da temporada, que vai ao ar nesta sexta (29) na HBO, às 22h, o drama veterano vai de uma vez por todas esclarecer se o sacana Mickey Donovan (Jon Voight) morreu ou não, após o veículo da polícia que o transferia para um presídio de segurança máxima ter batido em um caminhão-tanque e sido envolvido uma grande explosão, como foi visto no episódio da semana passada.
Ao fim do segundo capítulo, o telespectador não terá mais nenhuma dúvida e saberá se Mickey está vivinho da silva ou foi dessa para melhor. Fato é que, até esse ponto, a série fez muito bem o meio de campo ao mostrar todos os Donovans lamentando (ou não) a morte do patriarca, que era um baita de um trambiqueiro de coração gelado, mas que causava apreço em todos ao seu redor.
É engraçado ver todos os filhos de Mickey, que tiveram de ser durões para sobreviver, procurarem fazer algo para lembrar a memória do pai. E durante esse processo, o público descobrirá segredos importantes dos Donovans.
Com uma personalidade mais fechada do que a do mafioso Tony Soprano (James Gandolfini) em The Sopranos, Ray Donovan vai dar trabalho para o seu terapeuta, chamado de Arthur Amiot e interpretado por Alan Alda (de MASH). O fixer não vai baixar a guarda tão facilmente, mas o psiquiatra bem que vai tentar.
A sétima temporada da série promete abordar mais a fundo as várias camadas de Ray Donovan e revelar suas vulnerabilidaes. Ele é um personagem complexo, que ganha dinheiro ao livrar a barra de celebridades e pessoas notórias a qualquer preço, sem medir as consequências. O importante é realizar o seu trabalho.
É muito curioso notar como as sessões de terapia funcionam. Só que há sempre um porém. Ao livrar uma atriz de seu stalker, Ray persegue o meliante até agarrá-lo, e dá um soco no meio da cara dele. Arrependido, ele pede desculpas (veja só!) e aconselha o rapaz, estatelado no chão, a buscar um tratamento.
Como sempre e para cumprir o protocolo, o terapeuta vai caçar na família a fonte dos problemas enfrentados por Ray, como o alcoolismo e a raiva incontrolável. Arthur não vai desistir de colher do seu paciente depoimentos sobre o pai, trazendo sempre à tona o tema do perdão. Essa relação conturbada entre Mickey e Ray é o alicerce que sustenta a série e movimenta até as conversas dessas sessões.
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