Problemáticas, mães cruéis da TV tramam até a morte do próprio filho

O episódio desta semana de Empire, exibido na última quarta-feira (4), mostrou o encontro dos filhos de Lucious Lyon (Terrence Howard) com a avó paterna, Leah Walker (Leslie Uggams). Na infância, Lucius quase foi morto afogado pela própria mãe, que sofre de transtorno bipolar. Com Leah, a série da Fox traz de volta uma personagem pouco comum na televisão, a das mães cruéis.

Sucesso da HBO, Game of Thrones também tem a sua mãe desalmada, a rainha Cersei (Lena Headey), que manipula os filhos, frutos de incesto. Em The Sopranos (1999-2007), uma mãe encomendou a morte do próprio filho, o protagonista Tony Soprano (James Gandolfini). Já na comédia The Big Bang Theory a figura materna explora os problemas emocionais do filho, e Mad Men (2007-2015) trouxe uma mãe indiferente.

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divulgação/Fox

A cantora Kelly Rowland é a mãe de Lucious (Shannon Brown) em flashbacks de Empire

Leah Walker, a bipolar

A mãe de Lucious Lyon (Terrence Howard), Leah, tem um papel importante na segunda temporada de Empire. Interpretada pela cantora Kelly Rowland, ela aparece em flashbacks de momentos chave na vida do garoto Dwight Walker (papel de Shannon Brown) antes dele se tornar o traficante, rapper e empresário Lucious. Em uma das cenas, Leah, que sofre de transtorno bipolar, aparece tentando afogá-lo em uma banheira. O acontecimento foi tão impactante para Lucious que ele o recriou em um videoclipe. A repulsa pela mãe é tão grande que o leva a forjar a morte dela e abandoná-la em um asilo.

divulgação/HBO

Lena Headey faz a rainha mãe em Game of Thrones, que manipula os filhos a seu bel-prazer

Cersei Lannister, a manipuladora

Chamada popularmente de rainha mãe, Cersei (Lena Headey) ganhou o apelido por ser a verdadeira comandante dos Sete Reinos de Westeros, e não os filhos que sentam no trono e vestem coroas: agora Tommen Baratheon (Dean-Charles Chapman), antes Joffrey (Jack Gleeson), ambos resultados de incesto com o irmão Jaime (Nikolaj Coster-Waldau). O objetivo de Cersei é fazer dos filhos suas marionetes, agindo sempre sob sua ordem. Na última temporada, Tommen nada fez para impedir a fatídica caminhada da vergonha de Cersei, mas ainda assim ela conseguiu que o filho lhe pedisse perdão. A aliança entre os dois será importante nos próximos episódios.

divulgação/amc

Em Mad Men, January Jones foi uma mãe indiferente e que desprezou a filha mais velha

Betty Francis, a gélida

Certa vez, Betty (January Jones) viu a filha mais velha, Sally (Kiernan Shipka), correr pela casa com um saco plástico na cabeça. Sua preocupação não era se a garota poderia se sufocar. "Espero que as roupas [que estavam no saco] não tenham ficado amassadas", disse. Betty descontava todos os seus problemas em Sally, tratando-a com indiferença e sem carinho. Em um jantar, forçou a menina a comer mesmo sabendo que ela não tinha vontade. A mãe também levou a filha para um psiquiatra depois que a garota foi flagrada se masturbando na casa de uma amiga. No final de sua vida, diagnosticada com câncer na garganta, Betty se aproximou da filha e até escreveu uma carta dizendo que a amava. Na última cena da personagem em Mad Men, ela apareceu lendo um jornal na cozinha e fumando um cigarro enquanto Sally lavava louça.

divulgação/CBS

Christine Baranski com Johnny Galecki em Big Bang; carinho entre mãe e filho é forçado

Beverly Hofstadter, a aproveitadora

Imagine uma neurocientista e psiquiatra que usa o filho como objeto de estudo. Assim é o relacionamento de Beverly (Christine Baranski) e Leonard (Johnny Galecki) na comédia The Big Bang Theory. Ela escreveu dois livros sobre os problemas de relacionamento e psicológicos que Leonard sofreu quando era criança: Needy Baby, Greedy Baby (Bebê Carente, Bebê Egoísta) e The Disappointing Child (A Criança Decepcionante). Beverly só pensou no lucro e na carreira, sem se preocupar com a vergonha pública que o filho enfrentaria por ter seus segredos de infância expostos no livro. Além disso, ela critica Leonard em público constantemente e tem uma relação mais maternal com o melhor amigo dele, Sheldon (Jim Parsons).

reprodução/hbo

Sopranos trouxe Nancy Marchand na pele de mãe de um mafioso: tentou matar o próprio filho 

Livia Soprano, a impiedosa

A infância miserável de Livia Pollo (Nancy Marchand) foi a base de seu caráter agressivo e desconfiado. Ela achou que estava melhorando de vida ao se casar com Johnny Soprano (Joseph Siravo), o grande chefão mafioso do clã Soprano. Mas a vida de dona de casa, mesmo como uma Soprano, não lhe caiu bem. Teve três filhos, Janice (Aida Turturro), Tony (James Gandolfini) e Barbara (Nicole Burdette/Barbara Giglione), mas achava que eles eram "animais, não muito diferentes do que cachorros". Seus maiores problemas eram com Tony, principalmente após a morte do marido. Livia chegou a tramar o assassinato de Tony duas vezes. Na primeira, contou para Corrado John (Dominic Chianese), tio dele e um dos chefes da família, que o filho estava consultando uma psiquiatra, atitude considerada como traição pela máfia. Na segunda, disse para um chef de cozinha e amigo de infância do filho, Artie Bucco (John Ventimiglia), que Tony foi o responsável por um incêndio em seu restaurante. Livia queria se vingar do filho por ter sido colocada em um asilo.

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