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Migração

Por que estrelas de Hollywood estão trocando o cinema pela TV?

Divulgação/Amazon/HBO/Netflix

Julia Robers, Dwayne Johnson e Jane Fonda migraram do cinema para as séries na Era de Ouro da TV - Divulgação/Amazon/HBO/Netflix

Julia Robers, Dwayne Johnson e Jane Fonda migraram do cinema para as séries na Era de Ouro da TV

JOÃO DA PAZ

Publicado em 24/8/2018 - 5h28

Renée Zellweger, vencedora do Oscar, é a mais recente integrante da massa de atores de cinema que estão migrando para a TV. Ela sintetiza uma transição comum nesta década, mais pelo prestígio de estar em um mercado em alta (o de séries) do que pelo dinheiro. Busca por novos desafios, qualidade, diversidade e conexão com o público estão entre os principais motivos desse deslocamento.

O Notícias da TV detalha a seguir por que as estrelas de Hollywood estão trocando o cinema pelas séries.

divulgação/hbo

Logo após vencer o Oscar, Matthew McConaughey foi aclamado pela série True Detective

Qualidade
Logo após arrebatar tudo que é tipo de prêmio, incluindo o Oscar por Clube de Compras Dallas (2013), Matthew McConaughey foi reverenciado pelo marcante papel do detetive Rustin Cole na primeira temporada de True Detective, da HBO. Ao receber a estatueta no Critics' Choice Television Awards, em 2014, ele disse para todos por que decidiu fazer TV.

"Qualidade. Não apenas os atributos específicos de True Detective, que é a mais alta qualidade [em ficção] que pode ser alcançada, mas sim pela qualidade da TV de hoje [como um todo]", sentenciou. "Os dramas na TV estão elevando o nível de excelência em tramas que destrincham os personagens [em comparação com o cinema]. Essa é a realidade".

divulgação/hbo

Com Big Little Lies, Nicole Kidman ganhou estatueta do Emmy para fazer par com a do Oscar

Contato com o público
Lendas do cinema e vencedoras do Oscar, Julia Roberts e Nicole Kidman consideram que o contato com o público é maior e melhor quando estão na TV. Isso as levou a se arriscarem no mundo das séries.

"O que mais amo no fato de fazer TV é que estamos regularmente no cotidiano das pessoas", falou Nicole para a revista Variety, sobre seu trabalho em Big Little Lies  (HBO). "A conexão é mais intensa e faz com que eu me sinta parte do mundo [dos telespectadores]. É uma relação mais próxima do que ocorre no cinema."

Protagonista de Homecoming, drama da Amazon que estreia em novembro, Julia Roberts também comentou que é ótimo entrar na casa dos telespectadores.

"Somos como um serviço delivery, estamos entregando entretenimento diretamente na sala das pessoas", disse durante apresentação da série para a imprensa. Assim como McConaughey, ela fez questão de ressaltar que "o nível da TV está lá em cima".

divulgação/netflix

Diva do cinema, Jane Fonda dá show de carisma e bom humor na comédia Grace and Frankie

Novos desafios
Embora séries de TV estejam se aproximando da linguagem cinematográfica, uma coisa é diferente da outra, principalmente quando se fala de jornada e método de trabalho. Por isso, atores hollywoodianos consagrados chegam à TV seduzidos por novos desafios. É o caso da veteraníssima vencedora do Oscar Jane Fonda.

"Atuar em uma série é algo completamente diferente de um filme", disse em evento de lançamento da comédia Grace and Frankie (Netflix), em 2016. Ela citou por que é gostoso entrar em um habitat tão distinto, pontuando o que acha desafiador.

"É participação em todos os episódios, uma jornada de trabalho até tarde da noite, é não ter noção do que a história realmente se trata, por fazer cenas separadas umas das outras. E ter de aprender falas com mais rapidez."

divulgação/fx

Na terceira idade, Susan Sarandon emplacou um grande papel no drama Feud: Bette and Joan

Diversidade
Entre as cinco centenas de séries produzidas por ano nos Estados Unidos, não falta espaço para todo tipo de história. Como é o caso de Grace and Frankie, que traz mulheres na terceira idade que se aventuram no mundo dos negócios de brinquedos eróticos. Há bons papéis para atrizes experientes, de protagonismo inclusive.

Assim é com Susan Sarandon, atriz de 71 anos indicada ao Emmy por Feud: Bette and Joan. Em entrevista para o programa Entertainment Tonight, ela resumiu a importância da TV nesta década.

"Na TV, a diversidade é melhor do que no cinema. Há mais oportunidades para contar histórias incomuns e ousadas. Existe também mais espaço para mulheres e tramas protagonizadas por mulheres mais velhas."

divulgação/fx

Hilary Swank deu um tempo no cinema, mas voltou a atuar ao receber um papel na série Trust 

Prestígio
Ator mais caro do mundo, segundo a revista Forbes, Dwayne "The Rock" Johnson não precisa da TV para pagar boletos. O jornal The New York Times cravou que ele receberá US$ 22 milhões (R$ 89 milhões) como astro do filme Red Notice (sem contar fatia da bilheteria), valor três vezes menor do que ganha por temporada na comédia Ballers, da HBO.

Mas estar na TV é mais do que engordar a conta bancária. Vale para ganhar prestígio.

Grande parte da fortuna que The Rock acumulou no ano passado veio de exposição nas redes sociais. Para se ter uma ideia, a cada post de divulgação para Red Notice, Dwayne Johnson ganhará US$ 1 milhão (R$ 4 milhões), e o filme só vai estrear em 2020. O engajamento online aumenta conforme a pessoa está mais exposta e alcança um público maior, o que a TV permite.

Fazer uma série é algo tão cobiçado que tirou Hilary Swank do descanso. Em 2014, a atriz vencedora do Oscar anunciou que se afastaria do cinema para cuidar do pai doente. Mas voltou à ativa, agora na TV, após receber uma boa proposta de papel para atuar em Trust.


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