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Zoey e Sua Fantástica Playlist

Nova série do Globoplay reinventa Glee com dramas da vida adulta

REPRODUÇÃO/NBC

Cena de número musical com dezenas de pessoas dançando com braços para o alto; Jane Levy ao centro de camisa rosa

Zoey (Jane Levy, ao centro), a protagonista de Zoey e Sua Fantástica Playlist, desenvolve superpoder musical

FERNANDA LOPES

fernanda@noticiasdatv.com

Publicado em 17/10/2020 - 6h50

O principal referencial de série musical na TV é Glee (2009-2015), atração de Ryan Murphy em que alunos de um colégio formavam um grupo de coral improvável. Neste ano, uma nova série estreou com números similares, mas dramas bem mais adultos: Zoey e Sua Fantástica Playlist, disponível para o público brasileiro no Globoplay há uma semana.

A atração, criada por Austin Winsberg, acompanha a vida de Zoey (Jane Levy), uma programadora que vive em São Francisco, nos Estados Unidos --região que concentra as principais startups e empresas de tecnologia do mundo.

Zoey vai fazer uma tomografia cerebral, e o profissional que conduz o exame coloca músicas para tocar, para que ela relaxe. Mas, no exato momento em que a protagonista está no aparelho, começa um terremoto. Por uma consequência estranha e paranormal, a mente dela assimila todo o conteúdo da plataforma de streaming de música e ela começa a ouvir os sentimentos das outras pessoas por meio de canções.

No início, é confuso, tanto para Zoey quanto para o telespectador. Ela anda na rua e consegue ouvir uma mulher cantando All By Myself, de Céline Dion, e entende que a pessoa sofre de solidão. Em seu trabalho, ela vê um colega sozinho e logo pode ouvi-lo e vê-lo cantar uma música muito triste. No dia seguinte, descobre que ele está deprimido por causa da morte do pai.

Há várias cenas superproduzidas de grandes números musicais, envolvendo coreografias complexas de dança com muitos figurantes em lugares públicos, o que lembra muito Glee. Para quem não gosta de musicais, fica o alerta: sim, em Zoey e Sua Fantástica Playlist os personagens começam a cantar completamente do nada.

A questão é que apenas a protagonista consegue enxergar essas cenas. É como se ela tivesse alguns minutos de brecha no espaço-tempo e pudesse entrar na mente das pessoas e ver seus sentimentos de forma artística.

reprodução/NBC

Doente, pai de Zoey se comunica pelas músicas

Dramas da vida adulta

Ainda que os musicais chamem muito a atenção, as tramas dos episódios também prendem o público. Zoey enfrenta alguns dramas bem mais adultos do que os de Glee.

O trabalho numa grande empresa de tecnologia é estressante, e ela tem de se desdobrar para conseguir algum reconhecimento. Sua chefe (interpretada por Lauren Graham, a Lorelai de Gilmore Girls), a única outra mulher na equipe de engenharia, é bem difícil de se lidar.

Zoey também tem interesses amorosos na empresa. Ela nutre um crush por um colega de outra área, que por sua vez já tem uma noiva. A protagonista ainda descobre que seu melhor amigo e colega de trabalho é apaixonado por ela. Ele não diz abertamente, mas deixa transparecer nas músicas que canta.

No entanto, o drama mais tocante da história é o que Zoey vive com sua família. O pai dela, interpretado por Peter Gallagher (de The O.C.), sofre de paralisia supranuclear progressiva, uma doença que o impede de falar e de se mexer, ainda que continue lúcido. A ruiva odeia seu novo "dom", até que percebe que o pai pode se comunicar com ela em seus devaneios musicais. A situação de uma família com parente doente é abordada de forma sensível.

Considerada uma dramédia musical, a série da emissora norte-americana NBC não se aprofunda muito em questões sociais, apenas dá uma pincelada em problemas que jovens adultos enfrentam de maneira geral. Mas é uma produção bem feita e leve para quem gosta de musicais.

A primeira temporada de Zoey e sua Fantástica Playlist tem dez episódios de cerca de 45 minutos cada e está disponível na íntegra no Globoplay. A segunda temporada está em fase de gravações, sem data de estreia definida.


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