NO APPLE TV+
Fotos: Divulgação/Apple TV+
Rodrigo Urquidi e Rossana De Leon na terceira temporada de Acapulco, que estreia nesta quarta (1º)
Uma comédia situada no México dos anos 1980, sobre um garoto inocente e de família humilde que tenta fazer o melhor por seus amigos, mas acaba metendo os pés pelas mãos. Tudo isso em um hotel de Acapulco, destino paradisíaco à beira do Pacífico. Poderia ser Chaves (1973-1980), mas é Acapulco, atração do Apple TV+ que estreia sua terceira temporada nesta quarta-feira (1º).
Criada pelo norte-americano Austin Winsberg e estrelada por Eugenio Derbez, um dos maiores representantes do México em Hollywood, a série poderia trazer uma visão estereotipada da cultura local, mas acerta em cheio e até emociona ao traduzir para o resto do mundo o que significa ser latino --a família do protagonista, Máximo (vivido por Derbez e Enrique Arrizon em diferentes fases da vida), poderia ser a de qualquer pessoa que vive ao sul da fronteira dos Estados Unidos.
"Acho que, antes de qualquer coisa, era importante estarmos cientes de que somos norte-americanos branquelos (risos)", brinca Winsberg em conversa exclusiva com o Notícias da TV. "É preciso ter a humildade de reconhecer que essa não é a nossa realidade. E desde o início nos cercamos de pessoas que vivem essa realidade, para não cair em nenhum estereótipo."
Assim, Winsberg trabalhou com o roteirista e produtor mexicano Eduardo Cisneros no desenvolvimento de Acapulco. Um cuidado que se estendeu para todas as etapas do projeto. "A maioria dos nossos roteiristas é latina, nosso elenco é quase todo latino, até os executivos do Apple TV+ que supervisionam a série são do México ou de origem latina. Mais do que nosso objetivo, virou uma palavra de ordem ser autêntico e o mais realista possível."
"Eu parto de um lugar de ignorância, não tenho vergonha de pedir para que me ensinem. Às vezes, chego na sala de roteiro e digo: 'Essa é a versão americana da história, como isso aconteceria no México?'. Quero aprender e ser o mais específico possível com a cultura latina, porque aprendi que, quanto mais você se aprofunda, mais universal a história fica", discursa o produtor à reportagem.
Máximo (Enrique Arrizon) e Julia (Camila Perez) em Acapulco
A série conta a história de Máximo (Eugenio Derbez), um empresário bem-sucedido nos dias de hoje que decide contar a história de sua vida de batalhas para o sobrinho, Hugo (Raphael Alejandro). Assim, o público viaja no tempo e volta para 1984/1985, quando o jovem Máximo (Enrique Arrizon) começa a trabalhar no hotel de luxo Las Colinas, em Acapulco.
Pouco se sabe sobre os caminhos que levaram o protagonista a se tornar um bilionário no presente, mas pistas deixadas no decorrer dos episódios indicam que ele cometeu um erro que fez com que toda a equipe do resort passasse a odiá-lo --até mesmo o grande amor de sua vida, Julia (Camila Perez).
Na nova temporada, Máximo se torna o braço direito de Don Pablo (Damián Alcázar), chefe de operações do hotel, que começa a preparar o rapaz para sucedê-lo no cargo. Ao mesmo tempo, o mocinho finalmente engata um romance com Julia --que rompeu com o namorado, Chad (Chord Overstreet), no fim do segundo ano. Tudo parece caminhar para a felicidade completa de Máximo, mas grandes poderes trazem grandes responsabilidades, e ele se vê obrigado a comprometer alguns de seus valores para seguir carreira.
"Quando eu vendi a série, a proposta era fazer um Breaking Bad [2008-2013] da comédia. Você veria Máximo se corromper aos poucos, até chegar ao ponto do presente em que todos o odeiam", conta Winsberg. "Mas descobrimos que Enrique é tão adorável que não dá para odiá-lo (risos). Mesmo quando ele faz coisas erradas, você percebe que as intenções são boas. Então, estamos costurando a trama por aí, testando até onde ele pode ir sem ser detestável."
A terceira temporada de Acapulco estreia nesta quarta-feira (1º) no Apple TV+, com os três primeiros episódios. Um novo capítulo será adicionado toda semana ao catálogo do streaming --ao todo, são dez na nova leva. Confira o trailer da produção:
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