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Assassinato de Gianni Versace

Nova American Crime Story mergulha na cultura gay e na mente de serial killer

Imagens: Divulgação/FX

Darren Criss, ex-Glee, em cena da nova American Crime Story, na qual vive um serial killer - Imagens: Divulgação/FX

Darren Criss, ex-Glee, em cena da nova American Crime Story, na qual vive um serial killer

JOÃO DA PAZ

Publicado em 17/1/2018 - 6h31

Depois de uma premiada primeira temporada que tratou do julgamento do ex-jogador de futebol americano O. J. Simpson, American Crime Story volta ao ar nesta quinta-feira (18) com uma trama que lembra o assassinato do estilista italiano Gianni Versace (1946-1997). Com muito glamour e boas atuações, a série destrincha a mente do serial killer que deu o disparo fatal e mergulha na cultura gay da década de 1990.

A atração, que chega à grade do canal FX às 23h, tem como foco mostrar a maneira com que um mentiroso compulsivo inflou o próprio ego, virou um perseguidor feroz e passou a ser um assassino.

Darren Criss (da série Glee) interpreta Andrew Cunanan, que deu um tiro no rosto de Versace em 15 de julho de 1997. O crime ocorreu bem na frente da porta do exuberante palácio que o italiano mantinha em Miami, à beira da praia.

O disparo é mostrado na cena que abre a série. Depois, o telespectador é levado a conhecer mais sobre Cunanan e entender os motivos pelos quais ele cometeu o crime em uma manhã ensolarada.

Quem acompanha histórias de serial killers, como as contadas na série Mindhunter (da Netflix) ou no livro Precisamos Falar Sobre Kevin, observará os traços patológicos de Cunanan no desenrolar da história.

Desde a libido sexual desenvolvida muito cedo a mentiras espetaculares contadas uma atrás da outra, o jovem apresentava comportamentos inconsequentes e imorais, que o sugaram para a vida criminal: foram cinco assassinatos em 90 dias.

Primeiro encontro
Cunanan e Versace trocaram olhares pela primeira vez sete anos antes do encontro fatídico, em uma boate gay na cidade de San Francisco. A cena na casa noturna dá o pontapé na ideia da série de mostrar como era vibrante a cultura homossexual.

As cenas de boates e homens gays se divertindo nas praias de Miami são frequentes. Mas o showrunner Ryan Murphy (de Glee, Feud e American Horror Story) mostra sutileza com sua abordagem: os registros são de bom gosto e, ao menos nos dois primeiros episódios assistidos pelo Notícias da TV, não há sexo explícito ou pegação exagerada. As relações afetivas são apresentadas de forma natural.

A atriz espanhola Penélope Cruz interpreta a italiana Donatella Versace; atuação de destaque

Interpretações de gala
A história de Versace pelos olhos de Murphy é glamourosa e rica em detalhes, de capas de jornais ao palácio do estilista. A produção não tem o elenco estelar da temporada anterior, mas as caracterizações são na medida e hipnotizam o público.

Criss é o maior destaque da minissérie. Mas outros atores também chamam a atenção, como Penélope Cruz e seu sotaque carregado na pele de Donatella Versace, irmã do estilista. O cantor Ricky Martin está bem equilibrado na interpretação de Antonio D'Amico, parceiro de Versace durante 15 anos.

Os fãs de séries vão se deparar com duas participações inesperadas e gratificantes. Verá a atriz Dascha Polanco, a Dayanara de Orange Is the New Black, como uma detetive linha dura do FBI, e o ator Max Greenfield, o Schmidt de New Girl, transformado em um homem gay magricela e bigodudo, amigo de Cunanan.

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