Menu
Pesquisar

Buscar

Facebook
X
Threads
BlueSky
Instagram
Youtube
TikTok

Você lembra?

De chupa-cabra a Tiririca na banheira: sete bizarrices dos 25 anos do Domingo Legal

Reprodução/SBT

A modelo Luiza Ambiel e o comediante Tiririca no quadro Banheira do Gugu, do Domingo Legal - Reprodução/SBT

A modelo Luiza Ambiel e o comediante Tiririca no quadro Banheira do Gugu, do Domingo Legal

REDAÇÃO

Publicado em 17/1/2018 - 6h38

Há exatos 25 anos, o Domingo Legal estreava no SBT com uma mistura de gincanas, números musicais e entrevistas. Comandado pelo então "menino de ouro" da emissora, Gugu Liberato, o programa tinha conteúdo parecido com o do Viva a Noite, mas cresceu e mudou muito ao longo dos primeiros anos.

Em guerra de audiência contra a Globo, a atração desenvolveu quadros que hoje seriam considerados absurdos, com muita exploração de sexualidade e até a criação de "fake news" _muito antes de a expressão existir.

No final da década de 1990, o Domingo Legal e o Domingão do Faustão tinham um embate acirrado no Ibope, lutando de igual para igual pela preferência do público, e alguns quadros do programa do SBT tiveram muita repercussão.

A Banheira do Gugu, em que famosos seminus participavam de uma competição para pegar sabonetes, era um deles. Também teve muita audiência a ereção do ator Jean-Claude Van Damme, que ficou empolgado demais ao dançar com Gretchen.

A guerra pelo Ibope atingiu um ponto drástico em 2003, quando o Domingo Legal exibiu uma entrevista falsa com supostos integrantes da organização criminosa PCC. O programa foi punido pelo incidente e chegou a ficar uma semana fora do ar.

Relembre essas e outras bizarrices que marcaram o Domingo Legal:

reprodução/sbt

As competições no quadro Banheira do Gugu sempre envolviam muito contato físico

Banheira do Gugu
Modelos contratadas pelo programa (como Luiza Ambiel e Nana Gouvea) tinham um objetivo: impedir que famosos, como o comediante Tiririca e dançarino Jacaré, encontrassem sabonetes no fundo de uma banheira.

Durante a competição, as duplas se agarravam muito, e as moças, com biquínis mínimos, frequentemente expunham parte dos seios em rede nacional, pouco depois da hora do almoço. Em 2000, o Ministério da Justiça considerou a Banheira do Gugu erótica demais para o horário, e o SBT tirou o quadro do ar.

reprodução/sbt

Gugu Liberato devidamente caracterizado como taxista para o quadro Táxi do Gugu

Disfarces de Gugu
Antes de Luciano Huck implementar o Vou de Táxi no Caldeirão do Huck, o apresentador do Domingo Legal já transportava passageiros no quadro Táxi do Gugu, com um diferencial: ele se disfarçava de taxista, cada semana com uma caracterização diferente. O objetivo do quadro era importunar e fazer pegadinhas com os passageiros, que, supostamente, não sabiam que tudo estava sendo filmado.

Gugu também se disfarçava no quadro Sentindo na Pele, mas a ideia era outra: provocar a emoção do público. O apresentador chegou a se transformar em um mendigo e mostrou como vivem as pessoas em situação de rua em São Paulo.

reprodução/sbt

O ator Jean-Claude Van Damme ficou com vergonha ao ter uma ereção no Domingo Legal

Van Damme excitado
Em 2001, o ator belga Jean-Claude Van Damme, conhecido pelos papéis em filmes de ação, foi convidado para participar do Domingo Legal. Ao vivo, ele aproveitou para dançar bem coladinho a Gretchen, que fez jus ao título de rainha do rebolado. Resultado: Van Damme teve uma ereção no ar, e Gugu fez questão de mostrar o "volume" ao público e fazer piada com a situação.

A sexualidade descabida também era explorada em outros momentos no Domingo Legal. O programa teve quadros como a Prova da Bexiga, em que um casal tinha que sentar no colo um do outro até estourar uma bexiga, e a Prova da Camiseta Molhada, em que o código para abrir um cofre ficava escondido no corpo de modelos que usavam uma camiseta branca. Para revelar o segredo, os participantes precisavam disparar jatos d'água nas moças, deixando à mostra os seios delas.

reprodução/sbt

Rodolfo Carlos e Cláudio Chirinian irritavam famosos e cantavam no palco do programa

Rodolfo e ET
A dupla Rodolfo Carlos e Cláudio Chirinian fez enorme sucesso no Domingo Legal. Rodolfo era repórter de Ratinho na Record e, durante uma pauta, conheceu Chirinian e criou o personagem ET. Juntos no SBT, eles ganharam fama por visitar famosos pela manhã e acordá-los fazendo estardalhaço.

A graça era a reação das celebridades, pegas de surpresa _Gil Gomes ficou tão abalado que até deu um tiro para o alto, e ET fez xixi nas calças com o susto. O quadro rendeu para o Domingo Legal picos de 30 pontos no Ibope.

No auge, Rodolfo e ET até lançaram um CD com músicas que grudavam na cabeça do público, como A Dança do ET e Meu Bichinho Virtual.

reprodução/sbt

Vídeo em que atores fingiam ser membros do PCC foi gravado no estacionamento do SBT

Falso PCC
Em crise de audiência, o Domingo Legal apelou em 7 de setembro de 2003. O programa exibiu uma suposta entrevista com membros do PCC, organização criminosa que comandava bandidos de dentro das prisões e aterrorizava a população paulistana.

Mas os entrevistados eram na verdade atores contratados, que ameaçaram de morte os jornalistas José Luiz Datena, Marcelo Rezende e Oscar Roberto Godói e o então vice-prefeito de São Paulo, Hélio Bicudo. Eles também diziam ter envolvimento numa tentativa de sequestro sofrida pelo padre Marcelo Rossi.

Na mesma semana, os líderes do PCC mandaram um comunicado à imprensa dizendo que os homens do vídeo não eram da facção, e os produtores do quadro, ameaçados, entregaram que a entrevista era falsa. Gugu chegou a pedir desculpas no programa de Hebe Camargo, mas ainda afirmava que era tudo verdade.

A Polícia Civil de São Paulo abriu inquérito sobre o caso e concluiu dez dias depois que o vídeo era mesmo falso. Gugu teve que prestar depoimentos e afirmou que não sabia do esquema da produção. O Domingo Legal foi proibido de ir ao ar no dia 21 de setembro daquele ano, além de ficar com sua imagem muito desgastada.

reprodução/sbt

Domingo Legal exibiu o suposto corpo do chupa-cabra em 1997, mas a mentira não colou

Chupa-cabra?
Quando os boatos sobre um "chupa-cabra" que aterrorizava e matava animais ganharam a mídia, o Domingo Legal fez questão de entrar no assunto e mostrar até sua versão do bicho. O programa de fato mostrou uma criatura bem estranha, mas que na verdade era só um cadáver de outro animal, desidratado. A atração chegou a bater a Globo no Ibope, mas a investida a qualquer custo na polêmica rendeu ao dominical o rótulo de sensacionalista.

reprodução/sbt

Helicóptero usado para a entrega dos prêmios do Paraquedas do Gugu, no Domingo Legal

Paraquedas premiado
Milhares de pessoas olhando para o alto e correndo desenfreadas em busca de presentes que caíam do céu: era essa a premissa do quadro Paraquedas do Gugu. Um helicóptero sobrevoava um local público de uma cidade e jogava brindes para as pessoas, que ficavam alucinadas e corriam atrás do veículo.

Algumas das pessoas que recuperavam o paraquedas ainda iam até o estúdio do Domingo Legal para receber prêmios maiores, como grandes quantias de dinheiro ou eletrodomésticos e móveis.

Mais lidas


Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.