CRISE
Reprodução/NBC
Tom Cruise durante a cerimônia do Globo de Ouro 2000; ator devolveu as estatuetas que venceu na premiação
A crise enfrentada pela HFPA (Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood), responsável pelo Globo de Ouro, não para de aumentar. Após as gigantes Netflix, Amazon e WarnerMedia cortarem relações com a entidade, a rede NBC, parceira de longa data, anunciou que não transmitirá a edição da premiação de 2022.
A retaliação sofrida pela entidade não para por aí. Além das inúmeras críticas feitas por artistas, o astro Tom Cruise se juntou ao coro e devolveu nesta segunda-feira (10) as três estatuetas do Globo de Ouro que venceu na carreira como forma de protesto. As informações são do site Deadline.
A medida tomada pela NBC é a mais representativa. A emissora foi uma das responsáveis pelo aumento da popularização do Globo de Ouro ao começar a exibir a cerimônia ao vivo na década de 1990. Em comunicado, os representantes da rede exigiram mudanças rápidas e se mostraram abertos para retomar a transmissão do evento a partir de 2023.
"Continuamos a acreditar que a HFPA está comprometida com uma reforma significativa", disse a rede no anúncio divulgado nesta manhã.
"No entanto, mudanças dessa magnitude exigem tempo e trabalho, e acreditamos fortemente que a HFPA precisa de tempo para fazer isso da maneira certa. Como tal, a NBC não irá transmitir o Globo de Ouro de 2022. Supondo que a organização execute seu plano, temos esperança de estar em posição de transmitir o evento em janeiro de 2023", termina o texto.
A crise sofrida pela entidade explodiu em fevereiro, após uma reportagem do Los Angeles Times revelar que não existe nenhum membro negro na agremiação há 20 anos. No total, ela conta 87 críticos listados.
Ao tomarem conhecimento dos fatos relatados pelo jornal, astros de Hollywood, brancos e negros, foram às redes sociais para criticar a agremiação. Personalidades como Ava DuVernay, Shonda Rhimes, Sterling K. Brown, Kerry Washington, Mark Ruffalo e Scarlett Johansson repudiaram a situação.
Após a reportagem, a HFPA prometeu que realizará mudanças e anunciou a inclusão de mais 20 membros na organização ainda em 2021, com pessoas negras no centro do recrutamento de novatos. Outro passo é o desejo de aumentar o número de participantes em cerca de 50% nos próximos 18 meses.
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