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Ryan Reynolds

Há 20 anos, ator de Deadpool apareceu para Hollywood em comédia esquecida

Imagens: Divulgação/ABC

Ryan Reynolds no começo de carreira na comédia Two Guys and a Girl; hoje, ele é astro hollywoodiano - Imagens: Divulgação/ABC

Ryan Reynolds no começo de carreira na comédia Two Guys and a Girl; hoje, ele é astro hollywoodiano

JOÃO DA PAZ

Publicado em 16/5/2018 - 4h59

O ator Ryan Reynolds superou micos no cinema, como o sofrível Lanterna Verde (2011), até virar astro de Hollywood na pele do anti-herói desbocado de Deadpool 2, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta (17). O canadense começou a chamar a atenção da indústria há 20 anos, como um dos protagonistas da série de comédia Two Guys and a Girl, que, apesar da pouca repercussão, teve quatro temporadas.

Até então, Reynolds atuava em seu país natal. Em março de 1998, ele estreou como protagonista na TV americana na pele de Michael "Berg" Bergen, jovem universitário indeciso entre se formar em Filosofia ou Medicina. Two Guys and a Girl foi uma comédia sobre um grupo de amigos na casa dos 20 e poucos anos, criada especificamente para atingir o público dessa faixa etária.

Na época, a programação da TV nos Estados Unidos era recheada de comédias familiares (Everybody Loves Raymond) ou que mostravam o cotidiano de casais (Mad About You). Havia pouco material voltado aos jovens, e a ABC decidiu investir nesse filão, com uma campanha de marketing agressiva.

Two Guys and a Girl apresentou uma trama descompromissada. Mostrava basicamente três amigos, dois homens e uma mulher, que enfrentavam os desafios da vida adulta. Reynolds contracenava com Richard Ruccolo (o neurótico Pete Dunville, que queria ser um arquiteto ou bombeiro, mas acabou trabalhando em uma pizzaria) e com Traylor Howard (a publicitária Sharon Carter-Donnelly).

A imprensa criticou a série no início por não trazer nada de novo: ela ganhou nota C- da revista Entertainment Weekly. Mas o público comprou a ideia, e a produção teve uma média de 12,9 milhões de telespectador por episódio no ano de estreia.

O que hoje seria um número excepcional, há duas décadas serviu apenas para colocá-la na 37ª posição entre os programas mais vistos da TV americana na temporada 1997-1998.

Ryan Reynolds (à esq.) ao lado de Traylor Howard e Richard Ruccolo em Two Guys and a Girl

Deixando as avaliações negativas de lado, a ABC renovou a comédia, que no segundo ano conseguiu manter o público. Os produtores assimilaram as críticas construtivas e mudaram alguns aspectos da série. Eles retiraram os protagonistas das trivialidades do cotidiano e inseriram o trio em situações fidedignas e decisivas na vida de um jovem, do desemprego a decepções amorosas.

O personagem de Reynolds foi o que mais sofreu com a mudança. Inicialmente, Berg foi apresentado como um mulherengo, e os roteiristas optaram por reverter esse quadro. Eles avaliaram que era melhor mostrá-lo como um homem sério e, logo na segunda temporada, colocaram-no em um romance com uma nova personagem.

Berg conheceu Ashley Walker (Suzanne Cryer, de Silicon Valley) na faculdade de Medicina. Os dois engataram um namoro que realmente ajudou o protagonista. Reynolds saiu ganhando nessa história de galã e elevou seu status.

A comédia foi perdendo gás com o passar do tempo, não sobreviveu após a quarta temporada e caiu no esquecimento. No Brasil, foi exibida na Fox e no Comedy Central. A série ganhou o nome de Três É Demais (não confunda com a Três É Demais exibida à exaustão pelo SBT, originalmente Full House, e que a Netflix deu continuidade como Fuller House).

Carreira no cinema
De 2001 em diante, Reynolds praticamente abandonou o mundo das séries (fez uma participação em Scrubs) para se dedicar ao cinema, mas sem muito brilho antes de Deadpool. Chegou a atuar ao lado de Wesley Snipes em Blade: Trinity (2004) e com Sandra Bullock no longa A Proposta (2009).

O papel do herói mala e politicamente incorreto da Marvel o alavancou a astro de Hollywood. Pelo primeiro filme, lançado em 2016, ele foi indicado ao Globo de Ouro, ao Critics' Choice (ganhou) e arrebatou o prêmio de melhor talento do entretenimento norte-americano dado pela revista Entertainment Weekly _a mesma que o havia achincalhado duas décadas atrás.

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