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Prazer e dinheiro

Em O Negócio, prostitutas vão à Justiça contra 'piratas' do sexo

Divulgação/HBO

Rafaela Mandelli em cena de O Negócio, série sobre garotas de programa da HBO - Divulgação/HBO

Rafaela Mandelli em cena de O Negócio, série sobre garotas de programa da HBO

NIVIA DE SOUZA

Publicado em 22/8/2014 - 17h02
Atualizado em 23/8/2014 - 16h49

Depois de terem sido pirateadas no final da primeira temporada, as prostitutas Karin (Rafaela Mandelli), Luna (Juliana Schalch) e Magali (Michelle Batista) vão encarar uma dura batalha judicial no segundo ano da série O Negócio, que estreia neste domingo (24), às 21h, na HBO. Desta vez, a série sobre três garotas de programa de luxo que usam estratégias de marketing para alavancar seus serviços promete mais humor, ação, ambição e dramas pessoais. E menos marketing.

Karin vai ficar bastante incomodada por ter uma “falsa Karin” no mercado. Como a Oceano Azul, empresa criada pelas três prostitutas, foi pirateada, elas decidem entrar na Justiça para ter legalmente o direito de usar o nome do negócio que inventaram.

As cenas de sexo continuarão a existir, porém com mais amor e intimidade. Um pouco disso já pode ser observado a partir do primeiro episódio, que tem como destaque Guilherme Weber, na pele do vilão-cômico e cafetão Ariel. 

De acordo com Roberto Rios, vice-presidente de produções originais da HBO Latin America, o foco da série continua sendo mostrar o mundo dos negócios, usando a prostituição como pano de fundo. “Nós sabemos que a série deixa um grupo de pessoas muito satisfeitas”, disse. 

A personagem de Rafaela Mandelli encontrou, a partir da metade da primeira temporada, um homem do seu passado, Augusto (João Gabriel Vasconcellos) e, com ele, sua verdadeira identidade, Joana, foi revelada. De acordo com o roteirista da série, Fabio Danesi, a pirataria vai trazer para a garota de programa não só problemas com a Justiça. “A Karin é o conflito. Quem é ela? Isso vai ser desenvolvido durante os próximos episódios”.

Rafaela não tem certeza se a personagem vive uma crise identidade, mas conta que os conflitos pessoais de Karin vão aparecer. “O importante é como ela vai conduzir isso depois de conseguir tudo o que ela quer”, disse a atriz, que está no ar como Sabrina, na novela Vitória, da Record.

Dando vida a terceira prostituta de sua carreira, Juliana Schalch (Luna) comenta que essa é a primeira vez que uma personagem lhe permite brincar com a comédia e que as cenas de sexo trazem uma dificuldade para ela como mulher.

“O problema é maior quando você não conhece o ator”, contou. As três atrizes afirmam que, por conhecerem a equipe e a direção da série, se sentem mais confortáveis em gravarem esse tipo de cena.

Roberto Rios não confirma um terceiro ano para O Negócio, mas diz que é possível que isso aconteça. “Tudo é feito para ser muitas temporadas. Queremos uma família grande”, afirma.

Karin, Luna e Magali não fizeram sucesso apenas entre os homens; as mulheres, apesar de estarem do outro lado da vida das prostitutas, também pareceram se identificar com as personagens. “São três personalidades diferentes. Isso traz um lado feminista para a série”, disse Rafaella.

Michelle Batista, intérprete da imprevisível Magali (como ela mesma define), é mais enfática sobre o feminismo de O Negócio: “Nós não queremos estereótipos, nós queremos [mostrar] garotas. O que elas fazem não importa”.


Programa: O Negócio. Estreia: 24/08

Quando: domingos, às 21h

Onde: HBO


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