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MARCOS OLI

Drag queen em As Five, ator cantava na igreja e escondia sapatilha de balé

DIVULGAÇÃO

O ator Marcos Oli com peruca afro, joias prateadas, um vestido roxo de paetê e unhas de acrílico como a drag queen Michelle em As Five

O ator e bailarino Marcos Oli leva três horas para se transformar na drag queen Michelle em As Five

DANIEL FARAD, do Rio de Janeiro

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 10/12/2020 - 6h55

Intérprete de Miguel em As Five, Marcos Oli gasta mais de três horas para se transformar na drag queen Michelle. O ator, entretanto, não precisou de tanto tempo assim para descobrir a vocação artística. Ele começou a cantar e atuar em um grupo infantil na igreja frequentada pela família, mas também já precisou driblar a resistência dos pais ao optar por aulas de dança.

"Eu escondia as sapatilhas de balé na gaveta quando chegava em casa. Era a avó de um amigo meu que me levava. Durante muito tempo, meu pai não permitiu que eu dançasse por puro preconceito. Até que ele foi ver uma apresentação minha e chorou muito ao me ver no palco. A partir daí eu nunca mais deixei de estar em cena", relembra o intérprete ao Notícias da TV.

Ele confirma que ficou apreensivo ao receber o convite para se "montar" na série do Globoplay, já que nunca tinha passado por uma experiência parecida. "Era tudo muito novo para mim. Eu nunca tinha andado de salto, nunca havia feito uma maquiagem mais carregada. Mas eu estava tão animado que esses desafios não seriam algo a me preocupar", avalia.

Marcos buscou inspiração em ícones do transformismo como RuPaul Charles e as brasileiras Gloria Groove e Márcia Pantera. "A parte mais difícil foi o salto, eu caí muito nos primeiros dias. Os cílios incomodavam um pouco, mas depois viramos melhores amigos", brinca.

O artista redobrou os cuidados para dar voz ao movimento dentro da produção do Globoplay, a exemplo das conversas com Regina Schazzitt. "Eu entendi que foi graças às drags antigas que eram reprimidas e repudiadas que as drags atuais ocuparam seus espaços e são mais reconhecidas", aponta o jovem.

Em meio a uma onda de conservadorismo no Brasil, Oli confia no texto de Cao Hamburger para driblar o público mais reacionário. "Quando soube que faria uma drag, eu já senti um cheiro de revolução. Ele é um excelente escritor, que consegue transmitir o que tem de errado e o que precisa ser repensado no momento atual", pondera.

Marcos ainda se fortaleceu para enfrentar a repercussão nas redes sociais. "A gente sempre fica apreensivo, não tem como negar. Sempre trabalho isso na terapia para que comentários maldosos ou preconceituosos não me afetem. Na internet todo mundo é juiz, então eu filtro o que me faz bem. O resto, jogo fora", conclui o bailarino.


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