ANÁLISE
Divulgação/Disney+
Catherine Zeta-Jones na série A Lenda do Tesouro Perdido: No Limiar da História, cancelada pelo Disney+
O Disney+ cancelou A Lenda do Tesouro Perdido: No Limiar da História, série que expandia a franquia que teve dois filmes estrelados por Nicolas Cage. Com o fim precoce da atração, que durou apenas uma temporada, o streaming do Mickey Mouse escancara um problema grave: apenas atrações derivadas de Star Wars e Marvel duram na plataforma.
Lançado em novembro de 2019 nos Estados Unidos, o Disney+ estreou 14 séries de drama nesses três anos e meio: dessas, só The Mandalorian, Loki e Andor terão novos episódios. Entre as comédias, foram dez lançamentos até o momento; apenas High School Musical: A Série: O Musical e Meu Papai (Ainda) É Noel seguem em produção.
Pelo caminho, ficaram a produção histórica The Right Stuff (2020), a infantil A Misteriosa Sociedade Benedict (2021-2022), a empolgante Diário de uma Futura Presidente (2020-2021), Virando o Jogo dos Campeões (2021-2022), Big Shot: Treinador de Elite (2021-2022) e Turner & Hooch (2021).
Além disso, a Disney vendeu projetos como WandaVision (2021), Falcão e o Soldado Invernal (2021), Gavião Arqueiro (2021), O Livro de Boba Fett (2021-2022), Cavaleiro da Lua (2022), Ms. Marvel (2022), Mulher-Hulk: Defensora de Heróis (2022) e Obi-Wan Kenobi (2022) como minisséries limitadas, com começo e fim programados --apesar de algumas claramente deixarem pontas soltas para que os personagens voltassem em novas temporadas.
O resumo da ópera é que, às vésperas de completar quatro anos de serviço, apenas The Mandalorian vai chegar à quarta temporada. A maior parte dos projetos foi cancelada ou encerrada após uma única leva de episódios.
Assim, fica difícil criar uma conexão dos personagens com o público --não por acaso, muitos projetos aproveitam marcas já conhecidas do telespectador para prendê-lo diante da televisão. Mas, com poucos lançamentos e quase nenhuma longevidade, a plataforma sofre para manter os clientes engajados.
É comum ver internautas comentarem que assinam o serviço apenas durante a exibição das aventuras de Din Djarin (Pedro Pascal) e Grogu, e ao fim da temporada cancelam o contrato. Como o terceiro ano de The Mandalorian deixou a desejar, talvez nem isso aconteça mais.
A Disney precisa investir em mais projetos e apostar neles de verdade, com a encomenda de muitas temporadas, para que seus clientes não sejam intermitentes, indo e voltando de acordo com o catálogo.
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