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Enigmas de Westeros

Conheça a história por trás dos poderosos dragões de Game of Thrones

Divulgação/HBO

Drogon, um dos dragões de GoT: desenhado para parecer do tamanho de um Boeing 747 - Divulgação/HBO

Drogon, um dos dragões de GoT: desenhado para parecer do tamanho de um Boeing 747

JOÃO DA PAZ

Publicado em 2/8/2017 - 5h26

No teaser do próximo episódio de Game of Thrones, a ser exibido no domingo (6), Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) volta a voar em um dragão, após reconhecer que está atrás no duelo contra Cersei Lannister (Lena Headey). Ela deve chutar o balde e colocar de lado as equivocadas estratégias usadas até o momento. A ordem agora é partir para o ataque. E tudo indica que será com seus três temíveis dragões.

Usar os dragões parece apelação, mas deixá-los de lado seria desperdício. O bicho já foi usado em Westeros por um dos ancestrais de Daenerys, Aegon I, ao conquistar o continente e estabelecer a dinastia Targaryen. Ela quer repetir esse feito.

Conhecido como Aegon, o Dragão, ele foi o primeiro rei dos Sete Reinos e o idealizador do Trono de Ferro, contruído com as espadas de seus inimigos; cerca de mil lâminas foram utilizadas no assento, que demorou dois meses para ficar pronto.

Esses eventos se deram um século depois de erupções simultâneas em 14 vulcões terem destruído a civilização valiriana, da qual Targaryen era a casa principal e a única que escapou do cataclismo. Os integrantes do clã moravam em Dragonstone, onde Daenerys está agora, e apenas alguns dragões sobreviveram à catástrofe.

Foi o povo valiriano que aprendeu a domar os dragões e a usá-los como armas em batalhas. Aegon I aplicou essa expertise e, junto com suas irmãs Rhaenys e Visenya (ele era casado com as duas), ele dominou e unificou os Sete Reinos, cerca de 300 anos antes do tempo em que se passa a série.

Cada um deles domava um dragão. Aegon I controlava Balerion, Rhaenys voava com Meraxes e Visenya comandava Vhagar. Vem daí o brasão da casa Lannister: um dragão vermelho de três cabeças.

Brasão da casa Targaryen; fogo e sangue são o lema

Extinção
Quase todos os dragões dos Targaryens morreram na primeira guerra civil de Westeros, chamada de Dance of the Dragons (ou Dança dos Dragões, em tradução livre), ocorrida cerca de 170 anos antes do início da trama contada na série. A batalha se deu entre Targaryen e Targaryen. Ou seja: dragão contra dragão.

Nenhum lado saiu vencedor, e quem mais sofreram foram os répteis. Desgastados, perderam força. O último sobrevivente foi Vhagar, morto com 181 anos de idade.

Quando a trama da série começou, os dragões já eram considerados extintos. Em King’s Landing, os restos dos bichos estão guardados em um porão. São esqueletos que antes serviam de decoração no salão do Trono de Ferro. A ordem de limpeza foi dada por Robert Baratheon (Mark Addy).

Renascidos (literalmente) das cinzas
Daenerys e seu irmão Viserys (Harry Lloyd) foram os únicos Targaryens que saíram ilesos após a tomada de Westeros por Robert. Órfãos, eles foram expulsos do continente, mandados às chamadas Cidades Livres.

Viserys simplesmente vendeu a irmã a um guerreiro chamado Khal Drogo (Jason Momoa) em troca de 40 mil soldados que o loiro pretendia usar para tomar Westeros. Contra sua vontade, Daenerys se casou com Drogo e ganhou de presente três ovos de dragões petrificados: um preto, um dourado e um verde. De rara beleza, eles tinham uma função decorativa e valiam muito.

Ela prontamente se apegou aos objetos. Tentou de várias maneiras chocá-los. Só conseguiu seu objetivo em uma noite triste, na cremação de Drogo, durante os minutos finais do último episódio da primeira temporada.

Eles foram colocados perto do corpo do ex-marido. O fogo começou a se alastrar em um círculo com o símbolo do ritual e Daenerys entrou nele, sem temor. Na manhã seguinte, em meio às cinzas, ela apareceu sem qualquer queimadura e com três pequenos dragões ao seu lado.

reprodução/hbo

Daenerys Targaryen (Emilia Clarke), coberta de cinzas, em episódio da primeira temporada

Mãe, de fato
Como uma mãe, Daenerys teve todo o cuidado com os filhotes. Tentou alimentá-los com carne crua, mas não deu certo. Ela, então, treinou o trio a soprar fogo sempre que ela falasse a palavra "dracarys"; assim, eles mesmo deixavam o alimento no ponto, como preferiam. Em valiriano, dracarys significa fogo de dragão.

Em uma das cenas mais épicas da série, no terceiro episódio da quarta temporada, um dos dragões obedeceu ao comando da mãe não para se alimentar, mas para matar. Daenerys disse "dracarys" e Drogon queimou vivo Kraznys mo Nakloz (Dan Hildebrand), então comandante dos Imaculados. Os soldados ficaram livres e passaram a servir à Mãe dos Dragões.

Ponto fraco
Apesar de fortes e destruidores, os dragões não são invencíveis. Na batalha de Meeren, na quinta temporada, Drogon ficou ferido após levar flechadas. Isso só fortalece o plano de Cersei, revelado no segundo episódio da atual temporada.

O público conheceu uma gigante besta, versão "marombada" da arma de Daryl em The Walking Dead, capaz de lançar uma flecha certeira contra os dragões de Daenerys. Resta saber se os soldados da rainha viúva terão uma mira apurada para não errarem os bichos no iminente conflito.

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