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Cinco problemas que Walking Dead precisa corrigir nos novos episódios

Imagens: Divulgação/AMC

Danai Gurira (à esq.), Alanna Masterson, Andrew Lincoln e Lauren Cohan em cena da série - Imagens: Divulgação/AMC

Danai Gurira (à esq.), Alanna Masterson, Andrew Lincoln e Lauren Cohan em cena da série

LUCIANO GUARALDO

Publicado em 10/2/2017 - 5h17

A série The Walking Dead volta a apresentar episódios inéditos neste domingo (12) com um desafio que ainda não tinha enfrentado ao longo de seus sete anos: reconquistar o público menos fiel. Considerados lentos e abaixo da média, os oito primeiros episódios da temporada desagradaram aos fãs do programa, que preferiram fugir do sadismo desenfreado de Negan (Jeffrey Dean Morgan).

Os números de The Walking Dead revelam a debandada do público: o primeiro episódio da temporada teve 17 milhões de espectadores nos Estados Unidos; no oitavo episódio, essa plateia já tinha caído para 10,5 milhões. Ou seja, quase 40% do público largou a temporada no meio.

É natural que a audiência caia entre a estreia da temporada e os outros episódios _especialmente neste ano, quando os fãs estavam curiosos para saber quem seria a vítima do ataque de Negan, revelada na reestreia. O vilão matou dois personagens, Abraham (Michael Cudlitz) e Glenn (Steven Yeun), em um único episódio.

Com oito episódios ainda por vir, e uma oitava já confirmada para o fim deste ano, The Walking Dead tem tempo para acertar sua rota e reconquistar o público que a largou. O Notícias da TV ouviu fãs da série que apontaram cinco problemas que precisam ser corrigidos o quanto antes: 

Reprodução

Legenda

Até agora, Rick (Andrew Lincoln) tem aceitado todas as provocações de Negan sem reagir

Protagonista covarde
Herói da série desde o início, o ex-xerife Rick (Andrew Lincoln) já passou por muita coisa: ficou viúvo, matou o melhor amigo, viu o filho perder um olho e presenciou a morte de vários colegas. Tudo isso sem perder a coragem. Por isso, a personalidade morosa de Rick na sétima temporada tem deixado os fãs frustrados.

"Eu espero sinceramente que os novos episódios mostrem o Rick reagindo. Porque até agora ele só apanhou do Negan. Fica rastejando, aceitando tudo calado e não faz nada. Isso irrita muito. Está na hora de ele e sua turma agirem", reclama a nutricionista Gabriela Bortolato. 

O vilão Negan (Jeffrey Dean Morgan) agradou de início, mas agora tem irritado o público

Excesso de Negan
Vilão da vez, Negan despertou a curiosidade do público logo que foi anunciado pelos produtores e mostrou que não estava para brincadeira assim que surgiu, no fim da sexta temporada. Mas sua maldade acabou ofuscando outros personagens mais antigos, que não têm mais o que fazer.

"Acho que o Negan aparece demais. Ele é o vilão da temporada, eu entendo que é essencial, mas não precisa de tanto!", aponta o publicitário Marco Paiva. O engenheiro Carlos Rodrigues concorda: "Acho que seria melhor se ele tivesse uma presença similar à do Governador [vilão da terceira e da quarta temporada, interpretado por David Morrissey]". 

Reprodução

Legenda

A cena da morte de Glenn (Steven Yeun) chocou os fãs pela violência explícita apresentada

Muita violência
A onipresença de Negan também elevou o nível de violência da série _que nunca foi para quem tem estômago fraco. O problema, segundo os fãs, é que agora o sangue surge em cena apenas para chocar, sem ajudar no desenvolvimento da (pouca) história apresentada.

"Está uma coisa extremamente violenta, e tudo muito gratuito. Eu nem vi os últimos episódios de tão violentos que estavam. Sem contar que não tem muita história, é só uma encheção de linguiça com violência", critica a nutricionista Gabriela.

O estudante Davi Nascimento não esconde que as mortes e a violência foram um dos atrativos que o levaram a ver The Walking Dead. "Mas agora acho passou do aceitável, não sinto mais vontade nenhuma de acompanhar essas cenas. Parece que estão lá só por estar, sabe?", questiona. 

Personagens reunidos durante um episódio da série: encontros estão cada vez mais raros

Grupo desunido
Ao longo de seus episódios, a série apresentou diversos cenários. O problema é que, conforme a narrativa avança, os personagens vão se espalhando pelos lugares, o que torna difícil reunir todo o grupo em uma única trama.

"Já aconteceu de eu estar vendo um episódio e não lembrar mais quem estava em Alexandria, quem foi para o Santuário ou para o Reino...", enumera a designer Adrianny Toledo. "Eu quero muito ver o Rick, a Carol [Melissa McBride], a Michonne [Danai Gurira], o Daryl [Norman Reedus] e a Maggie [Lauren Cohan] juntos de novo para acabar com o Negan", torce o estudante Davi.

Ezekiel (Khary Payton) chama a atenção pelo visual, mas ainda não mostrou sua função

Personagens sem desenvolvimento
Com tantos cenários, tanta violência e tão pouca história desenvolvida, personagens apresentado entre a sexta e a sétima temporada não têm muito espaço para serem devidamente aceitos pelo público.

"Eu imagino que Jesus [Tom Payne], Gregory [Xander Berkeley] e Ezekiel [Khary Payton] até tenham alguns fãs. Mas, para ser sincero, se eles morressem no próximo episódio eu não sentiria falta porque não sei quase nada sobre eles", diz o engenheiro Carlos.

"As temporadas anteriores conseguiam balancear melhor violência, drama, diálogos e ação para desenvolver os personagens. Acho que os produtores perderam a mão", resume o publicitário Marco.

Os novos episódios de The Walking Dead estreiam neste domingo (12), na Fox, à 0h30. Quem não conseguir ficar acordado pode acompanhar a reprise na segunda (13), às 22h30.


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