Anti-Cinderela
Divulgação/USA Network
A atriz brasileira Alice Braga em cena de A Rainha do Sul; série estreia no Brasil no dia 7
JOÃO DA PAZ
Publicado em 24/6/2016 - 10h19
Estreou na noite de ontem (23) nos Estados Unidos a série A Rainha do Sul, protagonizada pela brasileira Alice Braga. A sobrinha de Sônia Braga brilha ao dar vida a uma traficante mexicana chamada Teresa Mendoza. Com ótimo domínio dos idiomas inglês e espanhol, e sem se inibir ao mostrar o corpo nu, Alice é o grande destaque da atração que chega ao Brasil no próximo dia 7, no Space.
A personagem de Alice é um tipo de anti-Cinderela: deixa de lado a vida glamourosa de namorada de um poderoso traficante para ela mesma dar as cartas no tráfico de drogas, após seu parceiro morrer. Teresa entra no grupo das heroínas às avessas da TV, lista encabeçada por Cersei Lannister (Lena Headey) em Game of Thrones e Cookie Lyon (Taraji P. Henson) em Empire.
É impossível evitar comparações de A Rainha do Sul com outras séries nas quais a droga é quase uma protagonista, como em Breaking Bad (2008-2013) e em Narcos (2015). A grande diferença aqui é que quem trafica é uma mulher, assim como Cookie traficou em Empire. Mulher traficante é raro de se ver na TV. Além de A Rainho do Sul, Empire e Weeds (2005-2012), há uma na quarta temporada de Orange Is the New Black.
Também é impossível não lembrar de grandes produções sobre a máfia, como a série The Sopranos (1999-2007) e os filmes Scarface (1983) e Os Bons Companheiros (1990). Teresa faz a narração em off, tal qual Os Bons Companheiros, e em certo momento ela aparece em uma banheira fumando, bebendo e assistindo Scarface, à la Tony Montana, personagem de Al Pacino no longa.
reprodução/USA network
Na banheira, personagem de Alice Braga relaxa assistindo Scarface, clássico do cinema
Jornada da heroína
A série começa no fim da história, com a traficante Teresa poderosa, de óculos escuros no melhor estilo Poderosa Chefona, dizendo que é a comandante do "maior império de drogas no Hemisfério Oeste". Em seguida, ela surge no início da "carreira", com uma vida paupérrima no México, apaixonada por um traficante pé-de-chinelo. Teresa observa como seu parceiro cresce na organização criminosa para a qual trabalha e observa como ele administra os negócios, aprendendo uma coisa e outra.
Sem o namorado, ela fica desamparada, literalmente entre a vida e a morte. O destino a leva para longe de Sinaloa, terra do traficante El Chapo, e a coloca no Texas, Estados Unidos, onde implantará seu reino. Deixa para trás um passado tenebroso no México, em que teve de matar um traficante enquanto era estuprada.
A Rainha do Sul tem muita ação e se preocupa no primeiro episódio em apresentar quem realmente é Teresa Mendoza e quem ela será no futuro. Mas tem também um ar novelesco, já que a produção foi justamente baseada em uma novela, La Reina del Sur, de 2011.
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