Chandelly Braz
Reprodução/GNT
Marisa Orth e Chandelly Braz em cena de pós-sexo na série Edifício Paraíso, no ar no GNT
FERNANDA LOPES
Publicado em 19/6/2017 - 5h20
Depois de viver a filha rebelde e oportunista da personagem de Marisa Orth em Haja Coração (2016), Chandelly Braz agora interpreta a namorada da atriz em Edifício Paraíso. Na série do canal GNT, as duas brigam muito, se ofendem muito e, em determinado momento, acreditam que só o sexo e a masturbação darão fim às discussões. Em sua primeira personagem gay na TV, a atriz de 32 anos confessa que teve dificuldade para lidar com as cenas mais íntimas que fez com Marisa.
"Acho que o mais constrangedor foi nossa falta de habilidade! Mas, no final, tudo acabou em risada. Não fiquei nervosa por ser com uma mulher, e acho que não ficaria por esse motivo, além do que a Marisa já era uma grande parceira e tínhamos bastante intimidade em cena depois de gravar uma novela inteira juntas", explica.
Na trama de Edifício Paraíso, Chandelly vive Kátia, uma corretora de imóveis que se sente inferior em seu relacionamento com outra mulher. Sua companheira, Soraya (Marisa), é bem-sucedida no trabalho e não assume o relacionamento para a sociedade.
"Eu simplesmente não estaria numa relação em que eu me sentisse assim. Mas a série é uma comédia sobre situações, muitas vezes patéticas, que muitos casais passam. É sobretudo sobre o insucesso e a incomunicabilidade desses casais frente a essas situações", ela conta.
Edifício Paraíso é a segunda série de Chandelly na TV paga. A atriz, que estreou na Globo em 2010, na série Clandestinos – O Sonho Começou, ganhou fama em Cheias de Charme (2012). Desde então, só havia tido destaque em novelas, como Saramandaia (2013).
"Adoro fazer série, é um formato para televisão que tem um grande alcance. [Ao mesmo tempo] É um trabalho mais curto e que permite maior cuidado com cada cena e com a dramaturgia, isso me agrada", conta.
Chandelly espera que seu desempenho no papel de uma lésbica em Edifício Paraíso, com direito a cenas quentes e nada conservadoras, seja mais um passo importante em direção à maior representatividade do público gay na TV.
"Ainda são pontuais casais LGBT na televisão, na TV aberta mais ainda. Representatividade importa e muito. A televisão tem um papel fundamental no combate à LGBTfobia, e consequentemente na naturalização das relações homoafetivas. Isso se faz tendo representatividade não só na teledramaturgia, mas em outros setores da televisão também, por que não? É irreal termos uma população LGBT enorme no Brasil e ligarmos a TV e só vermos casais héteros", afirma.
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