Astro do fenômeno Fire Country encara incêndios de verdade: 'Não dá para fingir'

Lançada em outubro de 2022, a série Fire Country virou um fenômeno nos Estados Unidos e se consagrou como a atração novata mais vista da temporada, com uma média de 5,9 milhões de espectadores por episódio --e isso às sextas-feiras, quando a audiência costuma ser menor. Um dos motivos do sucesso, segundo o protagonista Max Thieriot (de Bates Motel), é que a atração sobre bombeiros não tem medo de colocar seus atores no meio de incêndios reais.

"Nós encaramos fogos de verdade, o que é um desafio. Até poderíamos fazer com efeitos especiais e teríamos chamas muito maiores, mas não seria a mesma coisa. Um incêndio florestal é uma coisa que não dá para fingir, porque o fogo tem seu próprio clima, ele cria ventos dentro de si, as chamas meio que criam vida própria. É algo totalmente imprevisível, só quem vivencia isso sabe como é. E eu adoro, mas não é fácil", diz o ator ao Notícias da TV.

"Fica difícil imaginar o calor de um incêndio se você não está lá de verdade, entende? O elenco pensa: 'Meu Deus, está muito quente, parece que meu rosto vai derreter'. E a equipe também está lá, dá para ver em suas expressões o temor da situação e o quanto aquilo tudo é impressionante", aponta o astro.

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Fire Country conta a história de Bode Donovan (Thieriot), jovem que é preso após assaltar uma loja de bebidas. Na cadeia, ele topa participar de um projeto que coloca prisioneiros para combater incêndios florestais em troca da redução de suas penas --o programa, acredite se quiser, existe na vida real. Mas isso o leva de volta para sua cidade natal, onde ele precisa reencontrar os familiares e os amigos que deixou para trás na vida de crimes. 

"Eu encaro a série como uma história de redenção, e o fogo é uma grande metáfora para Bode. Ele vem de uma família de bombeiros, mas meio que incendiou a própria vida com os erros do passado, destruiu tudo e foi embora. Agora ele precisa reconstruir suas relações, seu mundo e a própria vida. Mas, se cometer qualquer deslize --e ele vai cometê-los, porque é humano--, Bode se queima novamente e tem de recomeçar", filosofa Thieriot.

Aos 35 anos, o ator tem em Fire Country o grande projeto de sua vida. Além de protagonista, ele criou a série --inspirado por amigos envolvidos no programa que utiliza presidiários como bombeiros-- e é produtor executivo. Também escreveu o argumento do primeiro episódio e dirigiu um dos capítulos da temporada. Max admite que atuar em tantas posições diferentes não é fácil.

"Eu estou a mil quilômetros por hora o tempo todo, sabe? Chega uma hora que não dá mais. Até desabafei com um amigo outro dia que acho que finalmente encontrei o meu limite mental (risos)", confessa. "Mas é divertido. Minha parte favorita da atuação era exercitar o lado criativo, construir o meu personagem. Agora, eu posso criar um mundo inteiro, em vez de focar só em uma pessoa."

Sucesso esperado?

Como criador e astro de Fire Country, obviamente Max Thieriot nunca esperou que a série seria um fracasso. Mas será que ele poderia imaginar que tinha um fenômeno em mãos --a ponto de a rede CBS já preparar spin-offs do projeto?

"Eu sabia que séries de bombeiros, policiais, médicos e afins fazem sucesso. E, como eu cresci no meio desse programa de presos, também sabia que muitas pessoas nem imaginam que isso existe. Visualmente, os incêndios florestais são muito impressionantes, mais empolgantes do que os de uma série tradicional sobre bombeiros numa estação. Quanto mais eu falava sobre o projeto e via a reação dos outros, mais percebia que tinha algo promissor."

"Acho que conseguimos o melhor dos dois mundos, porque séries sobre bombeiros já são um conceito que todo mundo conhece, mas temos esse diferencial dos presidiários, de pessoas que erraram e estão tentando construir uma vida melhor. É uma visão nova para um mundo já estabelecido, e isso para mim é muito interessante", explica o galã.

O último episódio da primeira temporada de Fire Country será exibido no Sony Channel nesta segunda (11), às 20h05. O segundo ano, iniciado nos EUA em fevereiro, deve estrear por aqui em julho.