Adeus amargo
Fotos: Divulgação/Reprodução/Fox
Os atores Emily Deschanel e David Boreanaz em Bones; série chega ao fim nesta terça (28)
JOÃO DA PAZ
Publicado em 28/3/2017 - 5h45
Lançada pela Fox sem nenhuma pretensão em 2005, Bones se transformou em uma das séries mais longevas da TV norte-americana, com 12 temporadas. A produção chega ao final nos Estados Unidos nesta terça (28) com um climão nos bastidores: os protagonistas estão processando a Fox por supostas irregularidades na distribuição de royalties.
Confira como Bones ficará marcada na história:
Sucesso inesperado
De carona no sucesso de 24 Horas (2001-2010), Bones entrou no ar para ser apenas mais uma série na programação da Fox. De acordo com os produtores, a rede norte-americana queria um drama com muita ação e dinamismo, similar a 24 Horas, e não uma típica série policial, com FBI e um crime resolvido por episódio.
No evento anual para a imprensa com as novidades da programação da temporada 2005-2006, Bones foi a última série a ser apresentada. Jogada para escanteio, a atração superou as expectativas. Na TV americana, a probabilidade de um drama ter mais de 200 episódios é de 1,9% _e Bones terminará com 246.
O casamento de Seeley Booth (Boreanaz) e Temperance Brennan (Emily) foi deslumbrante
Processo milionário
A durabilidade da série rendeu muito dinheiro para a Fox. Grande parte do lucro vem da venda dos episódios antigos para afiliadas, canais de TV paga nos Estados Unidos e serviços de streaming. Os protagonistas Emily Deschanel e David Boreanaz alegam que a Fox omitiu ganhos nessas negociações. Eles querem receber US$ 100 milhões da rede, de acordo com processo protocolado em 2015.
Apesar do imbróglio, os atores continuaram o trabalho normalmente, por respeito aos fãs. Contudo, criou-se um clima de animosidade, evidenciado quando os atores detonaram a Fox por ter exibido apenas 20 minutos do final da 11ª temporada, no ano passado.
Audiência consolidada
Bones nunca foi um sucesso estrondoso de audiência, mas também não fracassou. A média de telespectadores da primeira temporada foi de 8,9 milhões. A marca mais alta é a da sexta temporada: 11,6 milhões.
Um fator importante é que a Fox exibiu Bones em 23 horários diferentes nesses 12 anos, em todos os dias da semana. E o público se manteve fiel.
Comparada a outras séries policiais do mesmo nível, a rotatividade de Bones é constrangedora: NCIS, drama líder de audiência nos EUA, vai ao ar toda terça, às 20h, desde a estreia, em 2003, e Criminal Minds tem o horário cativo das 21h das quartas (ambas são da CBS).
Carreiras de respeito
Bones serviu para lançar a carreira de Emily Deschanel (irmã da comediante Zooey Deschanel, protagonista de New Girl) e firmar o trabalho de David Boreanaz, que pegou o papel dois anos depois de deixar as bem-sucedidas Buffy, a Caça-Vampiros (1997-2003) e Angel (1999-2004).
A dupla formou um casal clássico na série, com direito a casamento e dois filhos. Emily ainda está sem projetos para tocar assim que Bones terminar. Já Boreanaz cravou espaço em uma nova série: será o protagonista de um drama sobre a divisão de elite da Marinha norte-americana.
Os atores Michael Cudlitz (ex-The Walking Dead, à esq.) e Aaron Paul (ex-Breaking Bad)
Convidados de luxo
De Aaron Paul (o Jesse, de Breaking Bad) a Michael Cudlitz (o Abraham, de Walking Dead), muitas celebridades de renome, famosas ou não na época de suas colaborações na série, contribuíram para a trama. Paul, por exemplo, interpretou um simples dono de uma loja de gibis em episódio da primeira temporada.
Os atores Michael B. Jordan (dos filmes Creed e Quarteto Fantástico), Eric Stonestreet (da série Mordern Family) e Freddie Prinze Jr. (da franquia Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado) também estão entre os convidados especiais que aturaram em Bones.
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