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'ASSUMIR O CONTROLE'

Apagada em Senna da Netflix, Galisteu conta sua versão da história na HBO

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Adriane Galisteu e Ayrton Senna (1960-1994)

Adriane Galisteu e Ayrton Senna (1960-1994) em foto publicada pela apresentadora nas redes

VICTOR CIERRO VIEIRA

victor@noticiasdatv.com

Publicado em 29/5/2025 - 13h35

Depois de ter sua importância diminuída em Senna (2024), da Netflix, Adriane Galisteu terá a oportunidade de contar sua própria versão da história que viveu com Ayrton Senna (1960-1994). A HBO anunciou nesta quinta-feira (29), durante o evento Rio2C, a produção de um documentário original sobre a vida da apresentadora. A série vai revisitar memórias marcantes e abordará com profundidade a relação com o piloto, com quem ela namorou nos últimos 18 meses de vida do tricampeão de Fórmula 1.

No palco do evento, Adriane se emocionou ao falar do projeto. "É um ato de coragem. Eu estou ali abrindo todas as caixinhas que estavam trancadas", afirmou. Pela primeira vez, a apresentadora se propõe a dividir com o público sua perspectiva íntima sobre um dos relacionamentos mais comentados dos anos 1990.

Segundo a executiva Adriana Cechetti, da Warner Bros. Discovery, a série será um espaço para que Adriane "assuma o controle da narrativa", com um olhar pessoal e sensível sobre os acontecimentos.

O documentário surge após a comoção provocada pela forma como a Netflix retratou --ou praticamente ignorou-- Adriane na minissérie sobre Ayrton Senna. Embora estivesse com o piloto até os últimos dias dele, a apresentadora teve pouco espaço na trama, ficando em segundo plano em relação a outras figuras femininas da vida do atleta, como Xuxa (Pâmela Tomé) e Lilian de Vasconcellos (Alice Wegmann).

"É a vida como ela sempre foi, pelo menos para mim", disse Adriane ao comentar o apagamento promovido pela Netflix em vídeos publicados nas redes sociais no final de 2024.

De forma elegante, Adriane elogiou a qualidade da minissérie da Netflix e reconheceu que o relacionamento com Senna representa apenas um fragmento da história do ídolo brasileiro. Mas ressaltou que aquele período também lhe pertence.

"Foi ao meu lado, e essa história também me pertence. Eu vivi essa história", afirmou a apresentadora na ocasião. Ela destacou ainda que só agora sente que tem liberdade para compartilhar suas lembranças, três décadas depois da tragédia que marcou o Brasil.

Bastidores da produção da Netflix revelam que a família Senna, especialmente Viviane, irmã do piloto, foi contrária à inclusão de Adriane na narrativa. Os executivos da plataforma chegaram a cogitar abandonar o projeto por conta da exigência, mas optaram por uma solução diplomática: mantiveram a personagem, mas a trataram como uma namorada sem importância central.

Para o grande público, especialmente os mais jovens, a presença de Adriane na vida do piloto pode passar despercebida. Agora, com o documentário da HBO, a apresentadora busca reequilibrar essa narrativa.

Ela promete revisitar locais marcantes e compartilhar sentimentos guardados por décadas. "Mais do que relembrar, é sobre mostrar o que ficou por dentro. Só eu vi. Só eu senti. E agora posso contar." A série ainda não tem data de estreia definida.


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