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A BORDO

Em meio à seca no Amazonas, mulheres são confinadas em iate de luxo por prêmio

REPRODUÇÃO/TV A CRÍTICA

Mariana Barroso e Ane Santana, finalistas do A Bordo 2022, estão com as mãos unidas

Mariana Barroso e Ane Santana: participantes foram finalistas da edição de 2022 do A Bordo

IVES FERRO

ives@noticiasdatv.com

Publicado em 28/10/2023 - 8h00

Em meio à seca do Rio Negro, a TV A Crítica vai confinar 14 mulheres em um iate luxuoso para o reality show A Bordo. O formato é original, idealizado por amazonenses para exaltar a beleza da região, e já vai para sua 13ª temporada. Apesar dos problemas ambientais, as gravações não serão impactadas --além do entretenimento, a ideia é levar conscientização sobre o período complicado que o rio enfrenta.

"Não tem apenas um apelo da vida real, mas também uma cenografia criada por Deus, a Amazônia como plano de fundo", diz Dissica Calderaro, presidente da TV A Crítica e vice-presidente do Sistema Calderaro de Comunicação, em entrevista ao Notícias da TV

"Serve para mostrar ao Brasil e ao mundo as riquezas naturais que nós temos aqui. As pessoas precisam participar mais, saber o que nós temos, conhecer uma parte do Brasil que para muitos é distante, e o reality pode aproximar. É um iate de histórias e mensagens. Não é um reality comprado da Holanda ou da Suécia, é produzido, pensado e criado por amazonenses", acrescenta.

O A Bordo nasceu de uma competição de futebol amador de Manaus, no Amazonas. A emissora faz a cobertura desse campeonato e resolveu criar um reality com as integrantes das comunidades das equipes, que representam as torcidas anualmente. A partir daí, começou-se a seleção das mulheres que navegariam o Rio Amazonas durante 40 dias de confinamento, sendo vigiadas 24 horas por câmeras.

Para tornar o programa famoso no país, pela primeira vez o reality terá participantes de outros estados como Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Brasília. "Esse foi o primeiro passo para a gente se aproximar. Foram mais de mil meninas que se inscreveram. Teremos mais pessoas de outros estados, mas ainda focamos um pouquinho em Manaus", descreve Erick Campos, diretor de reality shows da emissora.

"O programa ainda é atrelado a um concurso que acontece aqui na cidade há 50 anos, que é o concurso do peladão, um futebol de fim de semana entre amigos. Cada time tem a sua rainha. O programa existiu a partir daí, em 2012, pois antes era uma espécie de concurso de miss, onde as rainhas de cada time se encontravam e eram eleitas Rainhas do Peladão", conta Campos.

Dissica Calderaro admite que a primeira temporada não teve grande impacto como nos anos sucessores. Na época, a preocupação da equipe era com a qualidade de imagem e captação de áudio em um iate que ficaria em um rio durante mais de um mês. Segundo Calderaro, a emissora investiu em equipamentos iguais aos usados no BBB, da Globo.

"Nós gravávamos num dia e passava no outro, porque uma coisa é você captar numa fazenda ou num estúdio em que é sua emissora, outra é ter um barco navegando no meio da Amazônia e recolher esse material. No início, não teve impacto, mas foi um sucesso local. Nosso boom em audiência veio na metade do segundo ano, quando colocamos uma apresentadora ao vivo", relata.

Até os aspectos comerciais nós conseguimos desengessar. Foi uma subida de montanha comercial. As televisões nesse meio tempo começaram a investir mais em esporte e reality shows. Nós fomos nessa onda também.

O A Bordo é um sucesso da TV A Crítica há mais de dez anos. Calderaro tentou comercializar o formato original em 2019 no Festival de Cannes, na França, mas a pandemia em 2020 atrapalhou os planos. "Os equipamentos e profissionais eu tenho aqui, estou preparado para produzir para grandes emissoras do Japão, da América do Norte, seja ela qual for. Temos esse pensamento e vamos retomar isso", aponta.

A 13ª temporada do reality show A Bordo estreia em 16 de novembro na TV A Crítica, com exibições de segunda a sexta-feira, e também nas plataformas digitais e no canal do YouTube da emissora. A vencedora do programa leva o prêmio de R$ 50 mil, além de ter chances de acumular mais prêmios em provas e dinâmicas ao longo das semanas.


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