Análise + audiência
Reprodução/TV Globo
Otaviano Costa apresenta o Vídeo Show ao lado de Caio Blat em corredor do Projac
DANIEL CASTRO
Publicado em 14/10/2014 - 15h04
Era uma vez um programa chamado Vídeo Show. Durante duas décadas, ele reinou absoluto no Ibope mostrando falhas nas gravações de novelas, curiosidades dos bastidores da Globo e compactos de telenovelas antigas. Mas aí resolveram mudar tudo. Trocaram os apresentadores, o formato, a proposta e até a clássica vinheta de abertura. Deu no que deu. Nesta terça (14), o Vídeo Show marcou 6,3 pontos na Grande São Paulo, segundo dados preliminares do Ibope. Perdeu para a Record (7,2) e chegou a ficar em terceiro lugar, atrás do SBT, durante 16 minutos. Se os dados consolidados confirmarem, terá sido a pior audiência do programa em todos os seus 21 anos.
Daqui pouco mais de um mês, em 18 de novembro, vai fazer um ano que mudou tudo no Vídeo Show. E, de lá pra cá, foram várias as vezes que tudo mudou no Vídeo Show. Do talk show que Zeca Camargo apresentava no início não sobrou nem o cenário. O novo diretor de núcleo do programa, o diretor de novelas Ricardo Waddington, resolveu apostar em games. Já desistiu. O programa, então, voltou-se novamente para os bastidores da Globo. Durante a Copa do Mundo, testou-se até um falso ao vivo. Nos últimos tempos, o Vídeo Show apresenta uma "novidade" a cada duas semanas. E nada dá certo.
Zeca Camargo tentou se emplacar até com barba, mas perdeu espaço para Otaviano Costa. Na semana passada, após mais de um mês afastado, Zeca voltou como leitor de "cabeças" [a introdução das reportagens]. A cada hora ele aparece em um ponto diferente do Projac, a central de estúdios da Globo no Rio de Janeiro.
Os bastidores do Vídeo Show são confusos. Teve mais de um "repórter" que foi demitido e, depois de algumas semanas, reapareceu no ar. Anuncia-se agora uma nova leva de repórteres-atores-celebridades-nível-A-Fazenda. Grazi Massafera já foi dada como nova apresentadora do programa, mas, esperta, caiu fora.
Ainda não é 100% a volta do diretor de núcleo J.B. Oliveira, o Boninho, afastado do programa no ano passado. Boninho é uma possibilidade, sim, mas ainda não é oficial. Seu retorno para o vespertino depende de outros arranjos, como a cessão de programas de seu núcleo, como o Caldeirão e o Estrelas, para Ricardo Waddington.
Não é fácil a vida de quem trabalha no Vídeo Show. O futuro é incerto. No desespero para acertar, o programa reprisa conteúdo que o Fantástico exibiu 40 horas antes _caso do quadro de Michel Teló, reeditado hoje. Uma coisa é reproduzir uma cena memorável de uma novela. Outra é reaproveitar conteúdo de outros programas. Quem faz isso é a vice-líder Record. Não a líder Globo.
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