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Análise | Teledramaturgia

Novelas das seis e das nove da Globo repetem situações; veja 5 semelhanças

Reprodução/Montagem/TV Globo

Vanessa Giácomo e Débora Nascimento, mocinhas das novelas das nove e das seis - Reprodução/Montagem/TV Globo

Vanessa Giácomo e Débora Nascimento, mocinhas das novelas das nove e das seis

RAPHAEL SCIRE

Publicado em 9/2/2016 - 7h34

Enquanto A Regra do Jogo, a novela das nove da Globo, segue uma linha mais realista, com temas condizentes com o horário de exibição, Eta Mundo Bom!, a das seis, aposta no humor farsesco e na leveza caipira para contar sua narrativa. Apesar de seguirem rumos completamente opostos, as histórias de João Emanuel Carneiro e Walcyr Carrasco guardam pontos semelhantes em seus enredos. Veja cinco características em comum entre os dois folhetins:

joão cotta/tv globo

O burro Policarpo com o ator Sérgio Guizé em Eta Mundo Bom!; novela de Walcyr segue praxe

Animais em cena

Novela de Walcyr Carrasco sem um animal presente em cena não é novela de Walcyr Carrasco. Dessa vez, a cota é preenchida pela porquinha Lili, que acompanha Mafalda (Camila Queiroz), e pelo burro Policarpo, orelha do protagonista Candinho (Sérgio Guizé). Não é raro ver os personagens conversando com os bichos de estimação. Em A Regra do Jogo, quem contracena com animais é Adisabeba (Suzana Vieira), que chora as pitangas para suas três cachorras, criadas como filhas.

joão miguel júnior/tv globo

A atriz Vanessa Giácomo encara Alexandre Nero em cena da novela A Regra do Jogo

Lábia forte

Mocinha que cai na lábia do vilão é um clássico de qualquer folhetim: sempre teve e sempre terá, afinal, assim as histórias se movimentam. Tanto em A Regra do Jogo quanto em Eta Mundo Bom!, as heroínas se deixaram levar pelo charme dos bandidos e se entregaram a eles. Toia (Vanessa Giácomo) a Romero (Alexandre Nero), e Filomena (Debora Nascimento) a Ernesto (Eriberto Leão).

Tatá barreto/tv globo

Em A Regra do Jogo, Marcos Caruso interpreta um bon vivant cheio de si, mas falido

Décadence avec élégance

Nem a falência tirou a pompa e a circunstância da família de Feliciano (Marcos Caruso). Os Stuart já foram ricos, perderam tudo e agora voltaram a enriquecer, mas passaram toda a novela fingindo ser o que não eram. Em Eta Mundo Bom!, o núcleo de Cunegundes (Elizabeth Savala) e Quinzinho (Ary Fontoura) faz de tudo para dar a entender que estão bem financeiramente e conseguir passar a perna em Romeu (Klebber Toledo), interessado em comprar a fazenda caindo aos pedaços da família. Mal sabem eles que estão sendo enganados. 

inácio moraes/gshow

Na novela das seis, o ator David Lucas faz um detetive em busca do paradeiro de Candinho

O investigador

Dante (Marco Pigossi) é um policial que tem como objetivo desmantelar a facção que sequestrou sua mãe adotiva Kiki (Deborah Evelyn). O moço passou praticamente a novela inteira até descobrir que seu pai Romero era membro da organização e foi chamado de burro pra baixo. Seu trabalho como investigador é de fazer chorar. Já Jack (David Lucas) tem a tarefa de descobrir o paradeiro de Candinho e reencontrá-lo com sua mãe Anastácia (Eliane Giardini). Nesse ponto da história, Jack se mostrou bem mais eficiente que Dante.

joão miguel júnior/tv globo

Disfarçada de freira, Marco Nanini foge de Flávia Alessandra em capítulo de Eta Mundo Bom!

O mestre dos disfarces

Zé Maria (Tony Ramos) mudou de identidade e de caracterização para se vingar da facção de Gibson (Zé de Abreu). Raspou a barba e cortou os cabelos para se tornar outro homem. Antes, vivia disfarçado para fugir da polícia. Em Eta Mundo Bom!, Pancrácio (Marco Nanini) é de tudo um pouco: professor, mendigo e até freira na tentativa de ganhar uns trocados. Em comum ainda há o fato de dois grandes atores darem vida a tipos com diversas facetas. 


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